Grande Consumo cresce na Europa
As vendas de produtos de Grande Consumo, tanto em valor como em volume, aumentaram no primeiro semestre do ano, em quase todos os países europeus. A informação, avançada pelo Marketing News, foi retirada do estudo “O impacto da incerteza económica nas vendas de Grande Consumo”, desenvolvido pela empresa de estudos de mercado SymphonyIRI.
Em valor, o consumo dos produtos de Grande Consumo aumentou no primeiro semestre de 2011, em comparação com o período homólogo de 2010, em todos os países com excepção da Grécia. O volume de vendas, por sua vez, diminuiu no Reino Unido e na Alemanha. Nestes dois mercados, por exemplo, a variação das vendas em volume de produtos do referido sector, no período em análise, foi de -0,8% e de -0,9%, respectivamente, face ao ano anterior. Espanha (+2,2%), Itália (+1,8%), França (+1%) e Holanda (+0,4%), por sua vez, têm assistido a um aumento a este nível. Em valor, o maior crescimento nos primeiros seis meses do ano, em comparação com a primeira metade de 2010, foi registado pela Itália, com +3,1%, seguida por França com +2,7%, e Holanda e Espanha, ambos com um crescimento de 2,2%. No Reino Unido e Alemanha o valor do consumo dos produtos de Grande Consumo cresceu 2% e 1,7%, respectivamente.
A braços com as consequências da crise financeira, a Grécia foi o único país europeu englobado no estudo que assistiu a uma queda do valor das vendas de Grande Consumo.
O relatório, e como destaca o Marketing News, faz também referência à diminuição da pressão promocional. Este decréscimo é especialmente perceptível no Reino Unido, que respondia pela percentagem de vendas em promoção mais alta. De 55% no primeiro trimestre deste ano, passou a assumir 50% no segundo. Também os mercados francês, holandês, alemão e espanhol assistiram a uma ligeira diminuição no recurso às promoções, no segundo trimestre de 2011.
Nos mercados grego e italiano os distribuidores estão a reforçar as acções promocionais sobre as suas marcas próprias, o que pode estar a afectar as estratégias promocionais das marcas de fabricante.
Num outro ponto o estudo revela que os consumidores que procuravam preços mais baixos, aproveitando a amplitude da oferta, estão agora a chegar ao seu limite. No final do primeiro semestre de 2011 os consumidores do Reino Unido e Alemanha começaram a reduzir também o número de artigos adquiridos.
De resto, o relatório da SymphonyIRI permite concluir que o peso das marcas de distribuição continua a crescer perante os olhos das insígnias de fabricante, e o preço dos alimentos continua a aumentar consideravelmente em cada país.