“Give a shit!” é um dos conselhos que as marcas devem seguir

grand-union2A Grand Union celebrou o seu 5º aniversário com uma apresentação do TrendWatch#13 de Damon Crepin- Burr, director criativo e partner do Grupo Fullsix.

Na intervenção os holofotes estiveram virados para o digital e para o seu futuro, tendo Crepin-Burr apontado as tendências que poderão incrementar o negócio das marcas. Conheça algumas destas tendências.

Os Mass Media, que atingem o consumidor, estão “demodé”.

Hoje são as Mass Interactions, que os envolvem, que respondem pelo papel de tendência. E para o futuro já se prevê um sucessor: as Mass Relations, que potenciam a sua influência. Neste sentido, é inevitável a conexão entre plataformas.

Do vs. Say.

Em vez de dizerem aos seus consumidores que são boas, as marcas têm, de facto, de prová-lo! Damon Crepin-Burr destacou, a título de exemplo, o caso da Heineken. Em tom de agradecimento pelo milhão de likes na página de Facebook da marca, na sequência do lançamento do filme “The Entrance”, a Heineken distribuiu One Million Heineken Hugs (Um milhão de abraços da Heineken). Na acção, convertida em vídeo, várias raparigas vestidas com t-shirts com ícones “Like” do Facebook estampados, foram a bares abraçar um milhão de pessoas.

O mercado de luxo pode ganhar com o online.

A vertente “aspiracional” deste segmento pode ser replicada na web, plataforma de democratização por excelência. A tendência, que teve início na Ásia e se tem vindo a alastrar na Europa, permite não só atingir o target habitual do mercado de luxo como impactar consumidores de outros targets.

A Web morreu.

As pessoas ainda usam a Internet, mas a forma como o fazem mudou de forma «drástica», salientou Damon Crepin-Burr. De facto, mais de 50% do contacto online passou dos browsers para os formatos de redes sociais ou aplicações móveis. As micro-comunidades que têm surgido são um dos pontos que as empresas não devem ignorar.

Listen Vs. Measure.

Com o crescimento dos media sociais as marcas têm-se apressado em recorrer a ferramentas que permitam a medição do seu ROI. No entanto, não pode ser esquecido que estes são espaços que permitem ouvir os consumidores.

Reduzir o nível de medo.

A necessidade de marcar presença no digital tem-se tornado cada vez mais incontornável para as empresas. Mas isto não se faz sem níveis de receio, que as agências devem procurar dissipar, mostrando aos seus clientes não só as vantagens destes media como os perigos, de forma a contorná-los. De destacar os vários concursos de start-ups criados por marcas como a PepsiCo, com o PepsiCo10.

Give a Shit!

As marcas devem mostrar que se preocupam com os seus consumidores, seja criando soluções que respondam às suas necessidades – caso da Levi’s ID, que permite configurar as características dos jeans consoante as formas do corpo – ou da Toms que, por cada par de sapatos comprados, entrega outro a habitantes de países carenciados.

A solução está nos jogos.

Os consumidores querem relações íntimas com as suas marcas, mas surge a questão: Como construir relações genuínas a uma escala massificada? Os jogos permitem a gestão da “explosão” de informação a que assistimos nos dias de hoje, bem como o esbater da fronteira entre o virtual e o real, atribuindo aos consumidores a sensação de um maior envolvimento, reconhecimento e realização.

A rematar a apresentação, ficou o conselho para as marcas: «Passem menos tempo a trabalhar com os consumidores e mais tempo a jogar com eles. Assim será possível desenvolver uma relação genuína, tangível tanto no digital como na vida real, e eficiente para o crescimento do negócio.»

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