Geração Z nasceu com a Internet mas ainda procura informação nos meios tradicionais

A principal fonte de informação relacionada com a Covid-19 entre os mais jovens ainda são os media tradicionais. Um estudo realizado pela Wunderman Thompson em parceria com a Universidade de Melbourne e com a Pollfish mostra que 43,6% dos inquiridos das Gerações Z e Millennial recorre à televisão e aos jornais, por exemplo, para saber as novidades da pandemia. Os motores de busca surgem em segundo lugar (36,6%), seguidos por conteúdo partilhados por media tradicionais nas redes sociais (34,2%).

O estudo, que contou também a com colaboração da Organização Mundial da Saúde, mostra que a probabilidade de a Geração Z e os Millennials partilharem conteúdos científicos nas redes sociais é elevada (43,9%). Além disso, 59,1% estão muito cientes de que informações presentes nas redes sociais ou em plataformas de conversação (como o WhatsApp) podem ser falsas, embora somente 36% ignore conteúdos que se revelem falsos.

Segundo a mesma análise, reportada pelo WARC, jovens estão mais preocupados com a possibilidade de amigos ou familiares serem infectados (55,5%) do que com o próprio risco de infecção. Também se mostram preocupados com uma possível crise económica (53,8%) e com a incerteza em termos de emprego (39,8%).

Em linha com estas preocupações, 55% mostra interesse na vacina contra a Covid-19 e 41,9% garante que conteúdos partilhados pela OMS nas redes sociais seriam a sua principal fonte de informação sobre o tema.

No geral, 58,3% dos inquiridos sente-se sobrecarregado com informação, 52% já não presta atenção a notícias sobre a pandemia e 53,9% sente que os meios de comunicação social não estão a contar tudo. Além disso, 57,1% sente que o governo também não oferece um quadro geral da crise sanitária.

O estudo foi realizado em 24 países de vários pontos do Mundo de modo a perceber a percepção da Geração Z e dos Millennials relativamente ao novo coronavírus e ao consumo de informação. Segundo o WARC, rumores e teorias da conspiração representam uma ameaça tão grande para a saúde pública como o próprio vírus.

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