“Freelancer do Dia CCP by Marketeer”: Bernardo Gonçalves

É difícil sobressair por entre dezenas de curriculos. A partir de certa altura, os nomes confundem-se e aquele que poderia ser o par perfeito para um projecto na calha acaba por fugir. Partindo do directório lançado pelo Clube Criativos Portugal (CCP), a Marketeer propõe conhecer melhor alguns dos talentos freelancers nas áreas da criatividade e comunicação.

Bernardo Gonçalves (fotógrafo) é o mais recente protagonista da rubrica “Freelancer do Dia CCP by Marketeer”, que apresentará, duas vezes por semana, exemplos de quem decidiu aventurar-se por conta própria.

Qual é a melhor coisa que já fizeste?

Musically Speaking. Tinha como objectivo ser uma revista/produtora/editora/agente/rede social do mundo da música, com um grande filtro no que respeita a qualidade e tempo de antena, a quem o merece. Não foi um projecto que teve a continuidade devida, muito provavelmente porque assim tinha que ser. Ser jovem é sinónimo de ser mau gestor, falta sabedoria e maturidade na hora das decisões. Três jovens juntos querem conquistar o Mundo e quando a sede de grandeza é demasiado grande não corre bem. Perdemos identidade e dispersámos da linha de pensamento inicial.

Ficaram as memórias, as experiências e a sabedoria de ter partilhado umas horas da minha vida com alguns dos melhores músicos portugueses de igual para igual, tudo ao lado de um grande amigo meu. Não foi fácil começar a produzir tudo do zero, sem alguns conhecimentos básicos nas áreas criativas.

Ficou o desafio de tratar de toda a nossa imagem e de uma quantidade industrial de conteúdo durante dois anos em que o ordenado era o gosto de criar algo diferente.

Qual é o projecto que queres fazer a seguir?

Gostava de sair à rua e ver o Mundo, começar a viajar e encontrar forma de tornar essas viagens rentáveis, para mim e para os outros, preferencialmente num registo documental e natural. Dirijo-me a marcas, comunicação social, museus e galerias. Existe uma liberdade de produção de conteúdos com bastante potencial, a cada minuto que passa maior. Cada artista/criativo tem uma certa arrogância ao pensar que o seu olhar é diferente dos outros e a maioria deles não nos chega a tocar. Há inúmeros cérebros incrivelmente bonitos a precisar de investimento e eu espero calmamente pelo dia em que chega a minha vez de mostrar o meu.

Porque é que te devem contratar?

Depois de uma passagem pelo Clube Criativos Portugal, aprendi a olhar para o mercado e conteúdo do mesmo tal como ele é. Uma vaga de mentes brilhantes, uma “competição” gigantesca e um universo sem fim de oportunidades. Acredito que, nestas áreas, as comparações são difíceis, são até desnecessárias, vazias, mas tenho uma vontade sem fim de estar entre os melhores e não pararei até estar nesse nível. Só e apenas por querer ver e aprender.

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