Facebook terá anúncios baseados no histórico dos utilizadores

O Facebook prepara-se para disponibilizar informações aos anunciantes sobre o histórico de navegação dos utilizadores na Internet, e não apenas sobre a sua actividade na rede social.

Até agora, a publicidade no Facebook era orientada pelo comportamento dos consumidores dentro da rede social – como os “likes” ou comentários a produtos e marcas – e não pela navegação por outros sites. Mas isso vai mudar, com a introdução do serviço Facebook Advertising, que deverá estrear nas próximas semanas.

A nova ferramenta – que replica aquilo que outras empresas tecnológicas, como a Google, fazem – permitirá que os marketeers identifiquem tipos específicos de utilizadores do Facebook com base no seu histórico de navegação – os cookies – em tempo real, explica Annie Ta, porta-voz do Facebook, citada pela agência Bloomberg. No fundo, o Facebook Advertising promove uma maior segmentação dos anúncios (banners, apenas) colocados na rede social.

“Um site de viagens pode estar interessado em impactar uma pessoa que pesquisou por um voo, mas acabou por não consumar a compra. Com o Facebook Exchange, esse site de viagens poderá mostrar ao consumidor um anúncio relacionado com viagens no Facebook”, exemplifica a rede social em comunicado, citado pela Exame brasileira. “Isso significa que os anunciantes poderão entregar publicidade mais relevante em tempo útil numa escala que antes não era possível”, conclui.

A rede social liderada por Mark Zuckerberg ressalva, porém, que, como o Exchange é activado através dos “cookies” armazenados no computador, os utilizadores poderão anular a opção, se não quiserem ser impactados pelos anúncios gerados pelo programa. O Facebook garante ainda que «não irá partilhar com os anunciantes quaisquer dados sobre o utilizador».

Depois da desapontante oferta pública inicial (IPO), o Facebook tem vindo a reforçar o seu negócio de publicidade, numa tentativa de convencer de vez os investidores. Desde que estrou em bolsa, há cerca de um mês, as acções do Facebook já desvalorizaram cerca de 26%, segundo a Bloomberg. O facto tem vindo a adensar as dúvidas de que a rede social consiga manter o ritmo de evolução das receitas publicitárias, que no ano passado cresceram 88% para 3,7 mil milhões de dólares.

No âmbito deste esforço, o Facebook abriu recentemente às marcas a possibilidade de anunciarem no feed de notícias da sua aplicação móvel.

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