Facebook resiste a boicote publicitário: receitas crescem mais de 20%

O boicote publicitário ao Facebook, ao qual milhares de anunciantes aderiram em todo o Mundo, teve um impacto abaixo do esperado pelos analistas sobre as receitas da rede social. No terceiro trimestre do ano, que terminou em Setembro, as receitas da empresa liderada por Mark Zuckerberg subiram cerca de 22% face ao mesmo período do ano passado.

No total, os proveitos do Facebook entre Julho e Setembro ascenderam a 21,5 mil milhões de dólares (cerca de 18,4 mil milhões de euros). E as estimativas da empresa apontam para um crescimento ainda maior no último trimestre: «esperamos que no quatro trimestre de 2020 o ritmo de crescimento das receitas publicitárias seja superior ao reportado no terceiro trimestre, alavancado por uma maior procura dos anunciantes no período de férias», sublinha o Facebook, citado pelo Financial Times.

O boicote publicitário ao Facebook surgiu em Junho nos EUA quando alguns dos mais importante anunciantes da rede social, como a Unilever, a Coca-Cola ou a Starbucks, decidiram suspender os seus investimentos no grupo (incluindo o Instagram), por um período mínimo de um mês. Este movimento, que de acordo com o Financial Times juntou mais de 1000 marcas durante o Verão, foi criado na sequência da morte de George Floyd nos EUA e teve como objectivo pressionar o Facebook a adoptar políticas mais rígidas no que ao discurso de ódio e a à desinformação diz respeito. “Stop Hate for Profit” foi o nome escolhido para o boicoite.

Ainda de acordo com o relatório do Facebook, o confinamento ajudou a atrair novos utilizadores para a rede social: o número de utilizadores diários activos cresceu 12% para 1,82 mil milhões.

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