Facebook regista prejuízos e acções voltam a afundar

Na primeira apresentação de resultados desde a oferta pública inicial, a rede social Facebook anunciou um prejuízo de 157 milhões de dólares (cerca de 128 milhões de euros) no segundo trimestre do ano, que compara com o lucro de 240 milhões de dólares (196 milhões de euros) no período homólogo. A reacção dos mercados foi imediata, e as acções da empresa chegaram a cair 10% para o mínimo desde a entrada em bolsa.

Porém, o valor comunicado pela empresa aos mercados inclui gastos extraordinários, relacionados com as compensações associadas à oferta pública inicial, ressalva a empresa liderada por Mark Zuckerberg em comunicado, citado pelo The Wall Street Journal.

Entre Abril e Junho, as receitas do Facebook subiram 32% para a 1,18 mil milhões de dólares (961,2 milhões de euros), que compara com os 895 milhões de dólares (729 milhões de euros) arrecados em igual período do ano transacto.

Ainda assim, esta performance não chega para acalmar os investidores, uma vez que representa o ritmo de crescimento mais lento desde pelo menos o primeiro trimestre de 2011, altura em que a empresa duplicava as receitas, provientes sobretudo de publicidade. A quebra deve-se, em grande parte, ao facto de os utilizadores estarem cada vez mais a utilizar a rede social nos dispositivos móveis, em detrimento dos computadores, onde a empresa possui a maior parte dos anúncios pagos.

Depois de anunciar os resultado trimestrais, as acções do Facebook chegaram a cair ontem 10% para 24,12 dólares, e acabaram por encerrar a sessão a 26,84 dólares por acção, o valor mais baixo desde a entrada da empresa em bolsa, em Maio passado. «Estamos desapontados com a quebra do valor das acções. Mas o mais importante para nós é continuarmos a ser a mesma empresa que somos desde o início», disse David Ebersman, chief financial officer da empresa.

Neste momento, o Facebook vale 65 mil milhões de dólares (52,8 mil milhões de euros) em termos de capitalização bolsista, bem abaixo dos 100 mil milhões (81,3 mil milhões de euros) que avaliavam a empresa aquando da estreia em bolsa.

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