Europeus têm em casa 13 equipamentos eléctricos que não usam

Em cada casa europeia, existem, em média, 74 pequenos equipamentos eléctricos. Destes, 13 estão fora de uso, embora a maioria continue a funcionar. Simplesmente não são utilizados, aponta um estudo do WEEE Forum – associação internacional que congrega várias entidades gestoras de equipamentos eléctricos usados, incluindo o Electrão.

Em Portugal, os telemóveis são o equipamento mais acumulado em casa e sem utilização. Dados do Electrão colocam os acessórios de informática (ratos, teclados, câmaras e microfones, entre outros) no segundo lugar do top, seguidos por pequenos electrodomésticos (ventiladores, ferros de engomar, relógios e adaptadores) e aparelhos como câmaras digitais de vídeo ou fotografia.

Quanto às razões que levam os consumidores portugueses a guardar os equipamentos eléctricos, mesmo quando já não são usados, 52% acredita que poderá vir a utilizá-los num futuro próximo. Somente 17% pretende tentar vender esses equipamentos (e por isso não tomou ainda a iniciativa de encaminhá-los para reciclagem) r 11% diz tratar-se de uma questão de apego e valor sentimental.

Cerca de 6% refere ainda guardar esses pequenos equipamentos para utilização numa segunda habitação ou casa de férias e 5% mantém-nos a pensar em outras opções, por exemplo, no aluguer.

Uma estimativa da Organização das Nações Unidas indica que, até ao final do ano, terão sido geradas, globalmente, cerca de 24,5 milhões de toneladas de pequenos equipamentos eléctricos, o equivalente a quatro vezes o peso da Pirâmide de Gizé.

Em Portugal, a maioria dos cidadãos que respondeu ao inquérito garante que coloca os seus pequenos equipamentos eléctricos em fim de vida em pontos oficiais de recolha. Só 10% admite que estes aparelhos têm como fim o lixo indiferenciado. Os restantes optam por outras soluções, como a reparação, revela o Electrão, sublinhando, porém, que estes números não estão espelhados nos resultados das recolhas de equipamentos eléctricos a nível nacional, o que pode demonstrar que o cidadão tem intenção de reciclar, mas ainda não adquiriu o hábito de encaminhar efectivamente os resíduos para reciclagem.

O estudo “WEEE Flows Toolkist Portugal 2022” foi desenvolvido pela Ipsos Apeme, de acordo com referências estabelecidas pelo WEEE Forum e parceiro UNITAR (United Nations Institute for Training and Research).

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