Estudo da Bosch revela que 37% da população deixaria a Terra para viver noutro planeta

Ao longo das últimas décadas e à medida que a tecnologia tem progredido quase à velocidade da luz, algumas questões têm surgido: o seu impacto será positivo ou negativo? De que forma a tecnologia está a afectar actualmente a vida das pessoas em todo o mundo? Que esperanças e medos têm as populações em relação ao avanço tecnológico? Para encontrar respostas, a Bosch arregaçou as mangas e elaborou o Bosch Tech Compass, um estudo que aborda diversos tópicos relacionados com o tema e que dá a conhecer as visões de cidadãos de vários países.

As conclusões revelam que a grande maioria dos inquiridos (72%) acredita que o progresso tecnológico torna o mundo um lugar melhor. Ainda que a tecnologia tenha a capacidade de tornar quase tudo possível hoje em dia, os entrevistados (83%) concordam que se deve focarmais em enfrentar os principais desafios da actualidade em vez de responder às necessidades individuais – mais de três em cada quatro dos inquiridos vêem o progresso tecnológico como a chave para o combate às mudanças climáticas, por exemplo.

«O Bosch Tech Compass mostra que as pessoas querem uma tecnologia que resolva os problemas do nosso tempo», afirma, em comunicado, o CEO da Bosch Stefan Hartung. «A tecnologia deve apoiar-nos, tornar a vida mais fácil em geral e tornar o mundo um lugar melhor. É por isso que na Bosch estamos comprometidos com a tecnologia ‘Invented for life’ e que serve as pessoas».

Ainda que, de forma geral, as pessoas confiem no progresso tecnológico, existem diferenças regionais na percepção da forma como esta está a ser utilizada. Enquanto a maioria dos entrevistados chineses (83%) e indianos (77%) está mais confiante de que a tecnologia está a ser suficientemente utilizada para resolver as principais questões mundiais, nos EUA (47%), no Reino Unido (37%) e na Alemanha (29%) apenas uma minoria das pessoas tem essa visão.

Da mesma forma, nos países ocidentais as tecnologias verdes, como a engenharia climática, a biotecnologia e o hidrogénio, são vistas como tendo um impacto particularmente positivo na sociedade. Por outro lado, a China e a Índia têm grande esperança nas tecnologias inteligentes e conectadas, como a IA e o 5G, enquanto um terço de todos os inquiridos nos EUA e na Europa diz ver a IA como a maior ameaça tecnológica.

No que toca à forma de transporte, quando questionados sobre como prefeririam deslocar-se no futuro, os alemães foram os que mostraram menos reservas. Quase quatro em cada dez (39%) escolheriam o teletransporte, ficando à frente dos chineses (34%). O teletransporte tem também alguns fãs no Reino Unido (27%), nos EUA (20%) e na Índia (10%). Ainda assim, a opção que surge em primeiro lugar com 56% é o automóvel controlado por humanos, seguido dos aviões (40%) e comboios (32%).

E quando o assunto é relativo à abertura do país para receber estes avanços tecnológicos, a China não hesita: 97% dos inquiridos está preparado para esta evolução. Também a Índia partilha da opinião (88%), assim como os EUA (82%) e o Reino Unido (76%). Contudo, isto não impede que 37% de todos os inquiridos assuma estar disponível para deixar a Terra e viver permanentemente noutro planeta.

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