Esta marca de relógios só vendia a milionários. Agora quer baixar preços e chegar a mais fãs

Um relógio que custa mais de um milhão de euros e que só tem cerca de 100 exemplares disponíveis a cada ano é algo pensado para um grupo muito reduzido de compradores, certo? Mas a suíça Greubel Forsey quer mudar esta realidade em que se encontra e chegar a mais pessoas.

Como? Ao produzir mais relógios a preços mais reduzidos, alargando o espectro de clientes, que estava reduzido a uma mão cheia de fiéis coleccionadores. Esta estratégia foi colocada em prática em 2020, durante o início da pandemia de Covid-19, altura em que a produção e as vendas praticamente caíram para zeros, revela a Bloomberg.

Parte da estratégia passou pela contratação do italo-suíço Calce, um executivo de longa data do sector relojoeiro, que conta com passagens pela Piaget, Panerai, Corum e pela Girard-Perregaux.

«Foi um grande desafio para todos nós», afirma Calce à Bloomberg, já que a estrutura existente da empresa não se tinha adaptado às mudanças no mercado. Assim, uma das primeiras decisões tomadas por este responsável passou pela aquisição dos 20% de quotas na posse do conglomerado Richemont, detentor de marcas como Cartier, Van Cleef & Arpels e Vacheron Constantin.

Agora, Calce, Forsey e Greubel são os únicos stakeholders da marca, que poderá alcançar a produção de 500 relógios por ano, eventualmente, conseguindo produzir actualmente 225. Os relógios já são disponibilizados por cerca de 299 mil euros.

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