Endesa: «Esta é a primeira tarifa no mercado em que deixamos as decisões nas mãos do consumidor»

Está um dia por semana em trabalho remoto? Liga a máquina de roupa sempre no mesmo dia? Cozinha ao domingo para a semana inteira e ainda passa a roupa a ferro? A Endesa apresentou ao mercado a Tarifa Happy que tem como objectivo principal colocar o poder de escolha nas mãos dos consumidores, sendo possível escolher a oferta que mais se adapta ao seu dia-a-dia: um dia de electricidade grátis por semana ou dois dias com 50% de desconto.

Com o foco na inovação e no empoderamento do cliente, a nova tarifa oferece uma abordagem inovadora para a gestão de consumo de eletricidade, permitindo aos clientes uma experiência personalizada que se adapta às suas necessidades.

Esta proposta vinca a posição da Endesa na inovação, sendo que é pioneira a oferecer uma tarifa baseada em dados de consumo diários dos contadores inteligentes dos clientes. Oferece também transparência, dando aos clientes informações ao pormenor sobre o consumo diário, aconselhamento personalizado para os ajudar a escolher os dias de maior consumo e dar-lhes dicas para maximizar a poupança nos seus dias Happy.

A Tarifa Happy destina-se a clientes domésticos em Portugal Continental que tenham perfil digital, contadores inteligentes instalados no seu ponto de abastecimento e aplica-se a clientes em baixa tensão normal simples ou bi-horária com uma potência contratada entre 3,45 e 20,7 kVA. A tarifa não é aplicável a pontos de abastecimento com autoconsumo e/ou dedicados exclusivamente à mobilidade eléctrica.

A nova proposta está a ser apresentada ao mercado através de uma campanha multimeios – com assinatura da Leo Burnett e produção da Landia Films – presente em televisão, rádio, outdoor, digital e redes sociais. Os objectivos passam por aumentar a notoriedade e a proximidade com os consumidores, transmitir transparência com productos inovadores adaptados ao cliente, oferecer soluções personalizadas e avançar na digitalização.

Em entrevista à Marketeer, Inés Roque de Mateo, directora do Mercado Residencial e negócios da Endesa em Portugal, explica como é que esta campanha se insere na estratégia da marca.

Inés Roque de Mateo

A Endesa detém actualmente uma quota de mercado de 10,8% no mercado nacional. Em que pontos da comunicação e de marketing tem verificado um crescimento mais expressivo dos números?

Estamos muito satisfeitos, pois o nosso historial ao longo dos últimos anos tem sido de crescimento constante. Cada vez mais famílias confiam em nós como fornecedor de energia. Nos últimos dois anos, fomos o comercializador com maior crescimento da nossa base de clientes (39%). Actualmente, temos mais de 730 mil clientes, o que representa efectivamente uma quota de mercado de 10,8%.

No início, verificámos uma grande correlação quando fazíamos as campanhas, com impacto directo no aumento das vendas, mas chegou a altura em que o mercado já nos considera uma opção muito vantajosa, o consumidor conhece-nos e estamos a crescer de forma sustentada. Os clientes que estão com a Endesa estão satisfeitos, valorizam-nos e recomendam-nos aos seus círculos mais próximos.

Esta proximidade e confiança dos clientes é o que nos tem tornado no segundo maior operador do País, oferecendo soluções que respondem às reais necessidades dos nossos clientes no seu dia-a-dia.

A comunicação nos media ajuda sempre, sobretudo a transmitir informação relevante de forma directa e massiva e a conseguir explicar adequadamente as nossas propostas de valor, sempre com o objectivo de que o cliente compreenda o esforço que estamos a fazer para apresentar soluções que se adaptem às suas reais necessidades e à situação que o mercado exige em cada momento.

Quais são as expectativas de crescimento desta quota com a campanha que a empresa está a realizar actualmente?

Os objectivos que nos propusemos com a campanha são aumentar a notoriedade da marca e a proximidade com os clientes, transmitir transparência com este produto inovador que se adapta a eles, oferecer soluções personalizadas para cada cliente e avançar na digitalização.

Esperamos que esta nova proposta seja bem recebida pelos clientes e que continuemos na nossa actual trajectória de crescimento. Mas o que realmente indicará o sucesso desta campanha é se os clientes valorizam este tipo de solução e se o mercado está preparado para evoluir para este tipo de tarifas. O nosso foco é conhecer os nossos clientes e as suas reais necessidades para lhes oferecer as melhores soluções no nosso mercado. Ganhar a confiança do mercado e, consequentemente, uma maior quota de mercado é o que nos diz que estamos a fazer bem as coisas.

A oferta apresentada nesta campanha baseia-se na flexibilidade. Esse é um factor relevante para o consumidor português?

A nova tarifa Happy baseia-se nos dados reais de consumo dos clientes. Graças aos contadores inteligentes e à sua tecnologia, permite o acesso a informações diárias reais sobre o consumo dos clientes, disponíveis directamente no seu contador. Os clientes podem escolher entre 1 dia de electricidade totalmente gratuita por semana ou 2 dias com um desconto de 50%. Esta flexibilidade permite aos clientes controlar e decidir o seu consumo. Quanto mais consumirem nos seus dias felizes, mais poupam na sua factura. Esta é a primeira tarifa no mercado em que deixamos as decisões nas mãos do consumidor, cabendo a cada cliente decidir até onde quer ir, com os benefícios que daí advêm.

Na prática, de que vantagens estamos a falar para o consumidor?

Para a concepção desta tarifa, realizámos um estudo completo do consumo dos clientes. Os resultados mostraram que, em geral, o consumo não é linear, ou seja, na maioria das casas o consumo não é igual todos os dias, mas há um ou mais dias por semana em que o consumo é maior do que noutros dias. Actualmente, este comportamento ocorre em 90% dos lares, para os quais esta tarifa já é muito atractiva e vantajosa, uma vez que se o cliente escolher esses dias de maior consumo como os seus Happy days, consegue automaticamente uma poupança significativa.

Em Portugal esta tarifa é muito recente, mas se olharmos para países vizinhos como Espanha, onde este tipo de tarifa é comercializado há anos, a experiência é que os consumidores podem poupar até 30%, sendo a média de poupança de 20%.

Ao concebermos esta solução, demos também um passo em frente em termos de experiência do cliente. A solução foi concebida para facilitar a auto-gestão por parte do cliente. Através da informação real do seu consumo, proveniente do seu contador, poderá ver se a opção que escolheu é a mais vantajosa e, se não for, dar-lhe-emos conselhos sobre qual a opção mais conveniente para si, com base nos seus padrões de consumo. O cliente poderá alterar a sua escolha de forma autónoma, fácil e rápida, de três em três meses. Compreendemos que as necessidades dos clientes podem mudar ao longo do tempo e esta tarifa adapta-se a essas necessidades.

Graças a tudo isto, o cliente estará sempre na melhor posição possível, obtendo assim maiores poupanças na sua factura.

O consumidor não tão digital acaba por ser esquecido nesta campanha. O que estão a fazer para este público em termos de propostas de oferta?

A tarifa Happy destina-se principalmente aos clientes digitais que gostam de conhecer o seu consumo de forma rápida e simples. No entanto, também está pensada para os clientes não digitais, uma vez que estes podem obter todo o apoio necessário através dos canais de atendimento ao cliente, que estão preparados para dar a cada cliente um aconselhamento personalizado para o ajudar a melhorar as suas poupanças.

A Endesa dispõe ainda de um portfólio de produtos que se adaptam a todos os clientes e à sua forma de consumir ou contratar. Entre eles está a tarifa Quero+, que permite aos clientes adicionar descontos, quanto mais contratarem, mais poupam, até um desconto de 16%. Ou ainda a tarifa Happy, que oferece um mês grátis por ano. Com estes tarifários, o cliente pode escolher a forma de pagamento ou de recepção da factura, embora o débito directo e a facturação digital sejam altamente recomendados, pois oferecem vantagens em termos de comodidade e facilidade de utilização ou de acesso à informação, além de reduzirem o papel e promoverem a sustentabilidade para todos.

Ao criar a campanha, foram tidos em conta critérios de eficiência energética. Porquê e que resultados foram obtidos?

Em consonância com os princípios estratégicos da empresa, a produção audiovisual da campanha foi abordada de forma sustentável, implementando algumas medidas de eficiência durante as filmagens: como um maior aproveitamento da luz natural, mobilidade eléctrica para todas as deslocações, utilização de geradores alimentados por painéis solares, entre outras. O objectivo é minimizar as emissões de CO2 em todas as fases da campanha (pré-produção, filmagem e pós-produção).

Para esta campanha, fomos aconselhados pela empresa de consultoria Creast, especializada na medição, redução e compensação de emissões em todas as fases da produção audiovisual.

Graças às medidas de sustentabilidade implementadas, conseguimos reduzir as emissões em quase 9,51% (716,66 kg de CO2eq). Foram evitados kg equivalentes a duas viagens de ida e volta de autocarro de Lisboa a Nápoles. As toneladas emitidas foram 6,81 T de CO2eq e, para compensar estas emissões, já foram plantadas sete árvores.

Texto de Maria João Lima

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