Encontros em pandemia? Apps podem ajudar a reduzir o receio

A maioria (72%) das pessoas que utiliza websites e aplicações de encontros online quer falar primeiro por telefone ou vídeo antes de concordar em encontrar-se fisicamente. Esta é uma das conclusões do novo estudo global da Kaspersky, que avalia a forma como a pandemia veio alterar os hábitos e os receios quando o tema são encontros românticos.

O mesmo estudo indica que 42% dos inquiridos só teria um encontro com alguém vacinado ou com anticorpos. Desde o início da pandemia, os consumidores tornaram-se mais ansiosos no que toca a encontros cara-a-cara e o número de pessoas que não se encontram offline com nenhuma das suas correspondências em aplicações mais do que duplicou (de 16% para 35%).

Mas, atenção, a possibilidade de ficar infectado não é a única preocupação: a nível global, os utilizadores sentem-se nervosos (50%) ou inseguros (18%) quando se encontram pessoalmente pela primeira vez com alguém que conheceram online.

«Com todas as políticas e restrições de isolamento por todo o mundo, os encontros online parecem desempenhar actualmente um papel importante na vida das pessoas. Ainda assim, a transição do online para o offline é um salto de fé para muitos: não há apenas a situação dos cuidados de saúde a considerar, mas também os riscos inerentes ao encontro com um estranho», sublinha David Jacoby, investigador de segurança da Kaspersky.

Para que a segurança em termos cibernéticos não seja posta em causa no regresso aos encontros presenciais, a Kaspersky deixa algumas recomendações a ter em atenção aquando da utilização de aplicações de encontros como Tinder ou Bumble:

1- Partilhar fotografias que não revelem informações como a sua localidade ou emprego. Utilizar fotografias de viagens ou em outros locais públicos, sem dados pessoais ou outras pessoas;

2 – Utilizar o messenger incorporado nas plataformas de encontros, em vez de partilhar o seu número de telefone ou outras aplicações de mensagens. Se decidir mudar para outra aplicação, não se esqueça de a configurar para manter os seus dados privados e em segurança;

3 – Utilizar uma solução de segurança eficaz que oferece protecção avançada em múltiplos dispositivos.

Já no que diz respeito aos encontros cara-a-cara, o terapeuta Stefan Ruzas, da clínica de Munique Liebling + Schatz, recomenda:

1 – Encontrar-se sempre em público nas primeiras vezes, como num restaurante, num passeio ao ar livre ou no cinema;

2 – Conceder todos os detalhes do encontro a alguém em quem confia – quando, onde e com quem se vai encontrar;

3 – Não se encontrar perto do local onde vive. Desta forma, poderá ser seguido;

4 – Não partilhar de imediato a morada;

5 – Se não se sentir confortável em relação a uma pessoa, termine o encontro. Não é obrigado a fazer nada.

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