Edifícios históricos de Lisboa voltam às cores originais com a ajuda da CIN
A marca de tintas CIN pôs mãos à obra para devolver a dois edifícios históricos lisboetas as suas cores originais. A Estação de Santa Apolónia e o Teatro Nacional de São Carlos foram os locais seleccionados para esta aposta: o primeiro voltou a ter um tom avermelhado, enquanto o segundo apresenta novamente uma fachada azul.
Liliana Leis Soares, directora-adjunta de Marketing da CIN, esclarece, relativamente à estação ferroviária, que encontrar o «tom certo foi um grande desafio para a equipa de colorimetria e prescrição» da empresa. A cor original assemelha-se a um vermelho óxido de ferro e remonta a uma época específica da Revolução Industrial.
Como tal, foi necessário conciliar os melhores produtos de reabilitação e afinar um tom que pudesse «contar a magia e a importância de um edifício como a Estação de Santa Apolónia para o desenvolvimento de todo um País e na aproximação das suas gentes a uma capital que todos idealizavam».
Na década de 1990, a Estação Ferroviária de Santa Apolónia mudava a sua cor para um azul-claro, numa pretensão de harmonia entre a vista rio e o tom do céu, segundo é explicado pela CIN em comunicado. O retorno do vermelho a Santa Apolónia, idealizado pelo atelier de arquitectura Saraiva e Associados (S+A) para a construção do novo hotel The Editory Riverside, foi aprovado pela Infraestruturas de Portugal, que detém o edifício.
Por sua vez, as fachadas do Teatro Nacional de São Carlos, que eram amarelas desde 1940, regressam à sua cor azul original após o encontro de vestígios desse mesmo tom nas paredes do edifício. Contudo, este facto não foi suficiente para que a Direcção-Geral do Património da Cultura (DGPC) desse o parecer positivo quanto à alteração da cor. Os arquitectos João Aguiar e João Pernão, da equipa da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa elaboraram, com o apoio da CIN, um relatório que definia a cor original do Teatro Nacional de São Carlos – que, posteriormente foi pintado com Cinoxano Mineral da CIN (cor E563).
«Mais do que um projecto de reabilitação urbana, o processo inerente ao Teatro Nacional de São Carlos pressupôs uma investigação histórica e exaustiva. Colocámos o nosso conhecimento ao serviço da Direcção-Geral do Património da Cultura, encontrando uma cor que corresponde, em detalhe, ao que havia sido projectado na sua inauguração em 1973», diz Liliana Leis Soares.