Dona da Louis Vuitton vai manter-se longe do metaverso… Por agora

Bernard Arnault, CEO da LVMH, expressou-se sobre a tão falado metaverso, afirmando que se pode tornar uma oportunidade de negócio para o gigante do luxo, embora seja necessário «ter cautela» e esperar para ver como é que o lucro é gerado através deste mundo digital.

O líder do grupo que detém as marcas Louis Vuitton e Moët Hennessy salienta, citado pela CNBC, que por agora está focado naquilo que é real e pouco interessado em «vender ténis virtuais a 10 euros», fazendo uma referência indirecta à entrada da Gucci no metaverso.

Além disso, Bernard Arnault deixou ainda um alerta, durante a divulgação dos resultados do último exercício fiscal do grupo, que as bolhas de especulação podem rebentar mais cedo do que o esperado, tal como acontece com muitas empresas que vendem exclusivamente online.

O grupo LVMH, um dos maiores da área do luxo, teve um lucro, em 2021, de 64,2 mil milhões de euros, mais 44% do que em 2020 e mais 20% do que em 2019. Só no último trimestre do ano fiscal de 2021, a empresa registou um aumento de receita na ordem do 22%, na sequência do aumento de encomendas provenientes dos EUA e da Ásia, especialmente de bens em pele.

«Não é apenas uma empresa de moda. É uma empresa criativa que alcança uma base de clientes muito importante da Geração Z. É uma marca cultural com uma audiência global, que vende ‘desejo’ e ‘cultura’», afirma Bernard Arnault.

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