Digital e Ética: as palavras mágicas que ditam o presente das marcas
Mais do que nunca, os consumidores estão preocupados com os valores sociais e políticos partilhados pelas marcas. Ética é uma das palavras de ordem quando chega a altura de escolher qual o produto ou serviço a adquirir: de acordo com a Forrester, 38% das pessoas apresentam uma probabilidade maior de optar por insígnias que se mostram empenhadas em reduzir o seu impacto no ambiente.
No mesmo sentido, 43% irá focar-se mais em marcas que provem tratar bem os seus funcionários. Tendo em conta que o estudo “The Myth of a World After: A European Recovery Perspective” tem como pano de fundo a pandemia de COVID-19, não será de estranhar que os consumidores revelem estar mais atentos a este tipo de questões.
Depois de inquirir cerca de mil adultos de diferentes países da Europa, entre os dias 29 de Abril e 1 de Maio, a Forrester conclui ainda que esta é uma tendência passageira. Num cenário de recessão pós-pandemia, o preço voltará a ser o principal factor, com 56% dos italianos e 54% dos espanhóis a privilegiar mais agora as marcas com produtos baratos do que antes do novo coronavírus.
Conclusão? As marcas têm de encontrar uma forma mostrar que o negócio tem uma componente sustentável e ética, ao mesmo tempo que levam em consideração as dificuldades económicas que se avizinham.
Além de ética, digital é outra das palavras-chave quando se fala no presente das marcas. O mesmo estudo, citado pelo The Drum, destaca o papel da internet na sobrevivência dos negócios: 30% dos consumidores italianos e espanhóis estão mais disponíveis para criar uma relação digital com marcas. O mesmo acontece com 21% dos britânicos e com 19% dos franceses.
Até ao final do ano, as vendas via comércio electrónico nos cinco maiores mercados da Europa deverão crescer 18% face a 2019. Gigantes como a Amazon, que já nasceram digitais, deverão sair ainda mais fortes, destacando-se em relação a outras marcas menos maduras.