Delta é a empresa portuguesa mais reputada

rinstituteGrupo Delta, Sumol+Compal, Delta Q, Pingo Doce, Bial, TAP, Unicer, Sociedade Central de Cervejas e Worten são as nove empresas nacionais que integram este ano o ranking das 30 organizações com melhor reputação em Portugal segundo o “Global RepTrakTMPulse Protugal 2012″.

Este estudo, realizado pelo Reputation Institute, tem como objectivo aferir o índice de reputação das empresas portuguesas e multinacionais a operar em Portugal.

O Grupo Delta apresenta entre as empresas portuguesas o índice de reputação mais forte, com 84,87 pontos, tendo subido da 9ª posição em 2011 para o 4º lugar este ano. Por sua vez, a marca Delta Q, registou também um incremento, ao subir da 27ª posição para o 10º lugar, com um índice de reputação de 81.05 pontos, face aos 76,62 pontos verificados em 2011. Às subidas de ambos os índices não é alheio o facto de se tratar se uma empresa familiar, garante Pedro Tavares, partner e CEO da OnStrategy, que representa o Reputation Institute em Portugal.

Aliás, acrescentou Sergei Mendoza, Manager Associates do Reputation Institute International, a Delta está em primeiro lugar entre as empresas portuguesas em todas as dimensões com excepção da “Performance Financeira” que é liderada pela Sonae. Além desta dimensão existem outras seis que explicam o índice de reputação corporativa das empresas: “Produtos e Serviços”, “Inovação”, “Ambiente de Trabalho”, “Governo de Sociedade”, “Responsabilidade Social” e “Visão e Liderança”. Em 2012 as dimensões mais valorizadas na aferição da reputação das empresas são “Produtos e Serviços” (19,9%), “Governo de Sociedade” (15,8%), “Inovação” (13,8%) e “Responsabilidade Social” (13.4%). Ou seja, segundo o responsável pelo Reputation Institute em Portugal «os atributos mais valorizados pela opinião pública face a uma empresa e que contribuem para a sua reputação são a fiabilidade, a qualidade e a inovação dos produtos que apresenta, se a empresa conduz os negócios de forma ética e transparente e se contribui positivamente para a sociedade, ou porque apoio boas causas sociais ou porque protege o meio ambiente».

Em relação às empresas que integram o PSI 20, a ZON Multimedia foi a empresa que verificou o incremento mais significativo, com um crescimento de 14 pontos, ocupando este ano a primeira posição. Por outro lado, a Jerónimo Martins assinalou a queda mais acentuada, 11 pontos comparativamente a 2011. Segundo explicou Pedro Tavares, esta queda poderá estar relacionada com o momento em que o estudo foi realizado que coincidiu com o anúncio da transferência da sede social da Jerónimo Martins para a Holanda. No entanto, acrescentou, «esta queda é essencialmente uma queda emocional e não racional já que a marca Pingo Doce teve uma queda bastante inferior» (de 80,02 pontos em 2011 para 76,51 pontos em 2012).

A nível geral e à semelhança do verificado em 2011, a Google é a marca mais reputada em Portugal, com uma pontuação de 87,98 pontos. A Microsoft subiu da sétima para a segunda posição com 87,19 pontos e a Apple ascendeu do 11º lugar à terceira posição este ano.

Em relação aos sectores de actividade, “Eléctrico e Electrónica” é a indústria com melhor reputação em Portugal (77,81 pontos), seguido do sector das “Bebidas” com uma reputação média de 76,19 pontos e, em terceiro lugar, “Computadores” com 76,05 pontos. As indústrias de “Computadores” e “Energia” foram as que verificaram um maior incremento na reputação de 2011 para 2012, por outro lado, os sectores “Cimenteiro”, “Farmacêutico” e “Utilities” foram os que verificaram maiores quebras na pontuação.

Reputação de Portugal

À semelhança do trabalho feito para aferir o índice de reputação das empresas portuguesas e multinacionais a operar em Portugal, o Reputation Institute estuda também a reputação dos países. A boa notícia, diz Sergei Mendoza, é que «a reputação de Portugal do ano passado para este ano se manteve estável». Apesar de estar previsto que este estudo seja apenas apresentado depois do Verão, o responsável do Reputation Institute garante que «o esforço do Governo para dar estabilidade e cumprir os compromissos está a dar resultado». Ou seja, conclui, não é comparável com a Grécia ou mesmo com Espanha.

A verdade, garante Sergei Mendoza, é que há uma relação entre as marcas e a percepção do país. «E se enquanto país devemos ser potenciadores das marcas que temos, também as marcas têm obrigação de reforçar a sua reputação e, assim, reforçar a reputação do país», diz Pedro Tavares.

Veja aqui o ranking completo.

Texto de Maria João Lima

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