Deitar cedo e cedo erguer ou ser notívago: Investigação revela que horários favorecem a saúde mental

Os horários de sono são uma luta para muitas pessoas. Uns mais matutinos, outros mais notívagos, mas será que o ditado ““Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer” tem alguma razão de ser? Um estudo conduzido pela Stanford Medicine, publicado em maio de 2024 na revista Psychiatry Research, dá resposta a essa mesma pergunta.

A pesquisa envolveu cerca de 75 mil adultos no Reino Unido que forneceram informações sobre suas preferências de sono e utilizaram aparelhos para monitorar os seus padrões de sono durante uma semana. O objetivo do estudo era investigar a relação entre os horários de sono e a saúde mental,  e as conclusões são de que os matutinos levam a melhor.

Os resultados indicaram que aqueles que iam dormir tarde apresentavam taxas mais elevadas de distúrbios mentais e comportamentais, incluindo depressão e ansiedade. Especificamente, as pessoas com preferência noturna que mantinham os seus hábitos de dormir tarde tinham entre 20% e 40% mais probabilidade de serem diagnosticadas com um transtorno de saúde mental, em comparação com aquelas que adotavam um horário de sono mais cedo ou até intermediário.

O estudo descobriu ainda que alinhar o horário de sono com o cronotipo natural (preferência individual por determinados horários de sono) não é tão benéfico quanto se pensava. Indivíduos noturnos que ajustavam os seus horários para dormir mais cedo apresentavam melhor saúde mental do que aqueles que seguiam suas inclinações naturais de dormir tarde. Por outro lado, pessoas matutinas que se deitavam mais tarde também apresentavam piores resultados na saúde mental, embora em menor grau.

Com base nessas conclusões, a recomendação é de que, independentemente da preferência individual, todos se beneficiam ao adotar um horário de sono mais cedo, idealmente antes da 1h da manhã, para promover uma melhor saúde mental.

 

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