DeepSeek ultrapassa pela primeira vez o ChatGPT nas tendências do Google. Número de pesquisas dispara 50 vezes
O lançamento da mais recente versão do modelo de inteligência artificial (IA) chinês, DeepSeek, causou uma verdadeira tempestade mediática e um impacto profundo no mercado de ações, ao questionar os avultados investimentos feitos por empresas ocidentais na área da IA. Donald Trump e até Sam Altman, CEO da OpenAI, já admitiram quão “impressionante”, nas palavras de Altman, é a nova ferramenta de IA. O presidente dos EUA afirmou ainda que esta é uma “chamada de atenção” para os EUA.
De acordo com um estudo da Finbold, a procura pelo DeepSeek disparou globalmente, registando um aumento de 50 vezes no Google Trends na semana que terminou a 27 de janeiro. O modelo atingiu a pontuação máxima de 100, o valor mais elevado possível para um período e região determinados.
Embora a China tenha liderado com distância o interesse, o DeepSeek ultrapassou o ChatGPT nos Estados Unidos, com Hong Kong a ocupar o segundo lugar no ranking. Outros mercados com alta procura incluem Singapura, Tunísia, Marrocos, Nepal, Argélia, Etiópia, Jordânia e Quénia. Em termos de pontuação no Google Trends, o DeepSeek registou 100 na China, 22 em Hong Kong, 16 em Singapura e 6 nos EUA.
O fenómeno não se limitou às pesquisas. Na Play Store, a app do DeepSeek alcançou o topo do ranking, gerando um volume tão elevado que levou a restrições de acesso, disponíveis apenas para utilizadores com número de telefone chinês.
O surgimento de um novo protagonista no setor de IA provocou um verdadeiro caos nos mercados financeiros. A Nvidia, gigante dos semicondutores, sofreu uma queda histórica de cerca de 600 mil milhões de dólares na sua capitalização de mercado num único dia – o maior recuo registado por uma empresa individual.
Sam Altman, CEO da OpenAI, reagiu ao novo concorrente ao prometer funcionalidades adicionais para os utilizadores pagantes do ChatGPT, sinalizando o impacto positivo de uma maior competição.