Crédito ao consumo em Portugal regista recorde de 7.654 milhões de euros
A MetLife desenvolveu um estudo com o IMR – Instituto de Marketing Research, sobre o mercado de financiamento ao consumo em Portugal e conclui que a evolução do crédito ao consumo deverá registar uma variação média anual de 3% até 2026.
Em 2023, Portugal registou um recorde de 7.654 milhões de euros em crédito ao consumo, o valor mais alto desde o início da série, em 2012. O estudo revela ainda que o consumo de bens duradouros – bens com vida útil superior a um ano – é o principal território de contratação de crédito ao consumo.
Em 2012, os dois valores eram próximos, o que indiciava uma elevada taxa de endividamento das famílias. Nesse ano, o crédito ao consumo superou os 5,5 mil milhões de euros, enquanto o consumo de bens duradouros se situava pouco acima de 7 mil milhões de euros (preços correntes).
No entanto, nos últimos 10 anos, o consumo recuperou 90%, enquanto o crédito ao consumo cresceu 67%. Em 2022, o consumo de bens duradouros ficou acima dos 13,7 mil milhões de euros, enquanto o crédito ao consumo ascendeu a 7,6 milhões de euros. Apesar deste crescimento mais lento, entre 2013 e 2022, o valor médio por contrato de crédito ao consumo subiu 62,7%, passando de 2.960€ para 4.816€.
No que se refere ao perfil dos clientes de crédito ao consumo, o estudo revela que existe um equilíbrio entre géneros na contratação, havendo apenas maior incidência do género masculino no crédito automóvel (56% vs 44%).
A análise por idades, revela que 50% do crédito ao consumo está concentrado, em partes iguais, nos segmentos etários entre os 31-40 anos e 41-50 anos. Nota também para o segmento de 18-30 anos que representa 23% do crédito automóvel e dos cartões de crédito.
Quanto ao recurso ao pagamento em parcelas, mais de 40% dos portugueses recorre a esta modalidade, como forma de evitar usar as poupanças ou ficar a descoberto.