Coronavírus não matou a cerveja Corona: vendas sobem 50%
As vendas totais da Constellation Brands aumentaram 39% na última semana, de acordo com dados da Nielsen. A dona da cerveja Corona já tinha avisado que não temia o impacto do novo coronavírus nos resultados do negócio e a facturação mais recente vem mostrar que tinha razão. Olhando especificamente para a marca Corona, verifica-se um salto de 50% nas vendas.
Os dados são reportados pelo revista AdAge e dizem respeito ao mercado norte-americano. De qualquer forma, a associação da cerveja ao COVID-19, que resultou até em vários memes e paródias, parece não ter influenciado negativamente o consumo.
A AdAge indica ainda que a Corona é apenas uma das vencedoras desta crise de saúde pública. As compras por impulso levaram a aumentos das vendas de papel higiénico, desinfectantes e bens alimentares enlatados. As marcas da papel higiénico Scott e Cottonelle, por exemplo, viram as vendas crescer 160% na semana terminada a 15 de Março e 92% na semana finda no passado dia 22.
Reckitt Benckiser, Clorox, Procter & Gamble, Colgate-Palmolive e Kraft-Heinz também estão entre as empresas a saírem vencedoras da mudança de comportamentos e hábitos de consumo dos consumidores.
Por outro lado, as marcas de produtos de beleza e cosmética deixaram de ser prioridade na lista de supermercado. A título de exemplo, as vendas da L’Oréal caíram 10% na semana que terminou a 22 de Março, depois de terem subido 9% na semana anterior.
Segundo a mesma análise da Nielsen, as compras por impulso (alimentadas pelo pânico) tiveram o seu pico na semana que terminou a 15 de Março. A AdAge lembra que o termo “vencedores” diz respeito a ganhos a curto prazo, relacionados precisamente com as aquisições motivadas por receios associados ao novo coronavírus. Não é obrigatoriamente sinónimo de uma nova tendência de consumo.