Continente investe mais de 365 milhões de euros em produção nacional
No ano passado, a Sonae MC comprou 206 mil toneladas de artigos de produção nacional, num valor total de 365 milhões de euros. O investimento, realizado através do Clube de Produtores Continente, representa um aumento de 28% em relação às toneladas compradas em 2019.
Em comunicado, o Continente indica que tem vindo a reforçar o apoio aos produtores nacionais em termos de escoamento do excesso de produção desde que a pandemia teve início. No que à carne diz respeito, foram compradas 57 mil toneladas, com especial destaque para o bovino que viu as compras duplicarem. Em 2020, esta categoria representou 80% do total de compras a produtores nacionais.
O pescado, por seu turno, atingiu as 3.000 toneladas, através da compra diária em 14 lotas nacionais. Segundo o Continente, o investimento em espécies como robalo, dourada, pregado e truta aumentou mais de 50%.
Já em termos de frutas, destaca-se a compra a produtores nacionais de cerca de 16 mil toneladas de citrinos, como a laranja do Algarve.
«A pandemia veio reforçar a importância de comprar nacional ou local e, consequentemente, de dar mais ênfase às cadeias curtas de abastecimento. No entanto, a produção local sempre foi um dos eixos de actuação do Clube de Produtores Continente – promovemos produtos exclusivos regionais em algumas lojas, o que representa circuitos de transporte mais reduzidos», afirma Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente.
Segundo a responsável, o Continente está também a apostar na sensibilização para a redução do desperdício alimentar, tendo sido criada uma plataforma que promove o aproveitamento de excedentes ou subprodutos através de parcerias. «A produção e o consumo sustentável são as principais preocupações do Clube de Produtores Continente», sublinha Ondina Afonso.
Nesse sentido, será apresentada uma proposta de “Declaração para a Sustentabilidade” aos 256 membros do clube, com base em 11 princípios e várias iniciativas – por unidade de negócio – para implementação a três anos.
«O objectivo é ajudar os produtores a cumprir as metas traçadas pela Comissão Europeia, pelo que o Clube de Produtores Continente passa a considerar o cumprimento deste acordo como um dos critérios com maior peso no processo de decisão de compra», revela a presidente.