Consumidores ligam menos aos media tradicionais. Alcance publicitário sofre as consequências

O alcance dos media tradicionais está a diminuir cada vez mais e a fragmentar-se progressivamente, levando a uma menor eficácia da publicidade. A conclusão é de uma nova análise do IPA (Institute of Practitioners in Advertising) que revela uma maior dificuldade deste meio em chegar às pessoas.

Embora o estudo não observe a fundo aquilo que os consumidores estão de facto a ver, chega ao mercado numa altura em que plataformas de streaming como a Netflix e a Disney, acessíveis apenas através de subscrição, constroem a sua própria base de operações publicitária. Esta aposta dá esperança às marcas, que aguardam uma mudança de maré.

De acordo com os dados, o consumo médio dos media tradicionais em 2022 foi de menos 51 minutos do que em 2015, o que representa um decréscimo de 15% e uma queda das 5 horas e 35 minutos para 4 horas e 44 minutos. De forma geral, os adultos britânicos (com mais de 16 anos) passam agora quase tanto tempo nos smartphones (32%) como a ver televisão (39%).

A análise do IPA demonstra que os consumidores mais novos são os grandes impulsionadores da mudança que se dá: desde 2020, o consumo aumentou 0,7%, mas a nível quotidiano diminuiu 22% nos últimos sete anos. Apenas o formato OOH regista um alcance consistente em todos os grupos etários.

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