Como vai o boicote publicitário ao Facebook?

Terminado o mês de Julho, em que pé fica o boicote publicitário ao Facebook? Jonathan Greenblatt, do movimento Stop Hate for Profit, garante que o fim não está à vista e que a iniciativa segue agora para uma segunda fase.

«O Facebook fez algumas concessões, mas não acredito que tenha feito o suficiente», garante o CEO da Anti-Defamation League (ADL) e um dos líderes do movimento que levou centenas de empresas (algumas delas multinacionais) a suspenderem o investimento publicitário nas redes sociais de Mark Zuckerberg durante um mês.

Em entrevista à Adweek, lembra que foi criado um novo cargo para supervisionar os direitos civis graças a esta campanha e que passou também a haver uma equipa dedicada à revisão do algoritmo de modo a evitar preconceitos raciais. Além disso, foi anunciada a realização de uma auditoria tendo em vista a monitorização de conteúdos com discurso de ódio. «Nada disto teria acontecido se não fosse o Stop Hate for Profit», garante.

Mas ainda há muito a fazer. Segundo Jonathan Greenblatt, existem demasiados grupos a prosperar e a crescer no Facebook e os algoritmos continuam a recomendar «conteúdos horríveis».

Quanto a próximos passos, Jonathan Greenblatt deixa claro que o movimento não chegará ao fim até que o Facebook aceda a todos os pedidos. «Esta suspensão publicitária em Julho não foi a campanha toda – foi um alerta. A empresa tem de compreender isso», diz.

Isto significa que um novo período de pausa será possível, por exemplo: segundo o responsável da ADL, há várias marcas a mostrar-se disponíveis para repetir a dose. Mas haverá também outras acções a serem pensadas, embora se escuse a desvendar já a respectiva essência.

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