Como ensinar as crianças a poupar logo a partir dos 3 anos

Nunca é cedo para começar a aprender o significado da palavra “poupar”. A ideia é lançada pelo Mundo Z da Zurich, que se inspirou no Dia Mundial da Poupança, assinalado hoje, para desenvolver um guia de dicas a pensar nos mais novos – logo a partir dos três anos.

Segundo esta plataforma, aprender a poupar é tão importante como aprender a ler, escrever ou fazer contas. As crianças devem conhecer o valor do dinheiro para que desenvolvam, no futuro, uma relação saudável com o mesmo e sejam capazes de fazer escolhas informadas.

Para que isso aconteça, o Mundo Z da Zurich apresenta um conjunto de estratégias que podem ser implementadas, adaptando os conceitos financeiros às suas etapas de crescimento:

Dos 3 aos 6 anos

Para um primeiro contacto com este tema, pode começar por explicar aos seus filhos o conceito de rendimento e transmitir a ideia de que, para comprar brinquedos, comida e roupa, é necessário “ter dinheiro”. Através de jogos apropriados à idade ou de contos infantis, é possível transmitir de uma forma simples a importância do dinheiro e da poupança. Ao mesmo tempo, pode também familiarizar as crianças com as notas e moedas, para que comecem a identificar o dinheiro e o seu respectivo valor e a perceber a sua utilidade e, ainda, incutir a distinção entre necessidades e desejos.

Dos 7 aos 11 anos

Durante esta fase, em que as crianças ganham maior maturidade e há espaço para a transmissão de conceitos financeiros mais específicos, é uma boa altura para começar a explicar como o rendimento da família pode ser afectado por uma situação inesperada e a importância de constituir uma poupança para fazer face a imprevistos. Poderá também começar a atribuir-lhes uma semanada simbólica, fomentando o sentido de responsabilidade na gestão do seu próprio dinheiro.

Dos 12 aos 14-15 anos

Nesta fase, poderá trocar a atribuição de uma semanada por uma mesada. Ajude o seu filho a definir objectivos de poupança de mais longo prazo e explique como essa poupança pode ser remunerada através do conceito de juros. Incentive também um maior envolvimento dos seus filhos na vida financeira da família, por exemplo, pedindo ajuda para identificar os produtos que acabaram na dispensa e que precisam de ser reabastecidos. Esta é também uma boa altura para explicar como funcionam alguns produtos financeiros, como os cartões bancários, as contas bancárias, os empréstimos e os seguros, dando alguns exemplos de seguros disponíveis no mercado.

Dos 16 aos 18 anos

Nesta etapa, pode avançar com a transmissão de conceitos financeiros mais complexos, como a distinção dos diferentes custos e finalidades do crédito, e as vantagens e desvantagens do recurso a um empréstimo financeiro. Para fomentar a importância do valor do trabalho, pode também encorajar os seus filhos a terem uma ocupação durante as férias escolares, ou a desempenharem tarefas que lhes permitam obter alguma remuneração. Esta é também a fase ideal para que os seus filhos compreendam as diferentes formas de remuneração da poupança e os diversos produtos financeiros que existem, como os seguros de poupança, para a constituição de poupanças a médio e longo prazo.

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