Como criar engagement mensurável com conteúdo de Realidade Aumentada
Por Carlos Marçal, Product manager na Canon
Nos dias de hoje, em que vemos que as técnicas de Marketing online estão cada vez mais saturadas, a Realidade Aumentada (RA) pode ganhar popularidade, à medida que a tecnologia continua a evoluir e as marcas reconhecem a sua relevância para proporcionar experiências de cliente imersivas a audiências de todas as origens e idades.
De facto, os dados sobre o potencial da Realidade Aumentada para as marcas são bastante convincentes. Esta tecnologia permite captar a atenção da audiência durante mais de 85 segundos, aumentar as taxas de interacção em 20% e melhorar a taxa de cliques (CTR, na sua sigla em inglês) de compras em um terço. Estas métricas importam, uma vez que o retorno sobre o investimento é o factor mais crítico para os marketers, no momento de alocar o seu orçamento.
O desafio surge quando se tenta atrair os clientes para este ambiente virtual e seduzi-los para que se envolvam com o conteúdo. Ao confiar no e-marketing para os levar até ao conteúdo de RA, correm o risco de os seus esforços serem em vão, porque, apesar de qualquer pessoa com um smartphone poder experimentar a RA, nem todos querem necessariamente descarregar uma aplicação para o fazerem. Pelo contrário: os clientes hesitam em acrescentar um passo desnecessário à sua jornada de compra, a menos que ganhem algo de significativo em troca.
É por isto que as marcas têm tido dificuldade em envolver os consumidores com a RA quando apenas a promovem através do digital – esta só funciona quando os clientes estão satisfeitos porque obtêm um claro retorno. Assim sendo, as marcas têm de criar pontos de intercepção harmoniosos, que encorajem os clientes a consumir conteúdo de RA sem os passos intermédios que os deixam frustrados, os atrasam ou os afastam por completo. As campanhas mais bem sucedidas introduzem a RA sem serem invasivas – quase sem que o consumidor se dê conta de que está a transitar de um canal para outro.
Neste sentido, a impressão, que continua a ser um meio fiável para os consumidores, é o “portal” ideal para estes espaços virtuais. Se um cliente tiver uma revista, uma brochura, publicidade endereçada ou uma embalagem com um link para RA, estará mais propício a entrar com confiança no mundo virtual. Imagine um rótulo numa banana que transporte o consumidor para uma plantação nos trópicos; um catálogo de artigos para casa que permita ao cliente visualizar o mobiliário no seu próprio espaço; ou até uma brochura de imobiliário com um link que redirecciona o consumidor para uma tour virtual de uma propriedade e dos seus arredores.
A impressão funciona nestes cenários porque é real, tangível e não intimida. Como não pode ser apagada, esperará até que o consumidor esteja pronto para interagir. Para além disso, ao convidarem os clientes a experimentar conteúdos de RA através de um meio em que confiam, as marcas fazem-nos sentir-se valorizados, em vez de que esse esforço seja visto como um mero estratagema digital.
Todos os marketers querem maximizar as interacções com o seu conteúdo e ver o impacto reflectido nos resultados de Marketing. Muitos procuram, ainda, conselhos especializados sobre como fazer uma ponte eficaz entre os elementos analógicos e digitais das suas campanhas. Assim sendo, os fornecedores de serviços de impressão (PSP, na sua sigla em inglês) devem compreender todo o conjunto de actividades que uma campanha implica e ser capazes de sugerir de que forma a impressão pode acrescentar valor, enquanto mecanismo de apoio para levar os consumidores até aos conteúdos online. A RA é uma grande oportunidade para provar a eficácia da impressão, uma vez que as marcas podem verificar exactamente quantos potenciais clientes receberam um bem impresso e, entre estes, quantos optaram por se envolver com o conteúdo de RA.
A Realidade Aumentada, juntamente com dispositivos mais familiares como os códigos QR e os URLs personalizados, é mais uma oportunidade positiva para demonstrar a relevância da impressão no contexto das campanhas de Marketing da actualidade. Ao compreender o que a RA pode fazer e como a impressão pode estimular o envolvimento da audiência com conteúdos digitais mais ricos, as marcas podem mostrar os seus conhecimentos especializados, trazer novos tópicos para a conversação e – em última análise – criar valor tangível para os clientes.
A melhor parte? Quando as marcas conseguem acompanhar e medir como a impressão contribui para o sucesso geral de uma campanha, têm um forte argumento comercial para a utilizar repetidamente. Em alguns casos, o tradicional ainda sai vencedor.