Comércio digital cresceu 46% em 2020 e facturou 4,4 mil milhões de euros

O relatório CTT e-Commerce mostra que as vendas online para o consumidor final aumentaram 46% em Portugal, durante o ano de 2020, o que representa um crescimento de 26% face aos números de 2019. O e-commerce business-to-consumer (B2C) representa, assim, 4,4 mil milhões de euros.

O mercado doméstico relativo aos fluxos dos vendedores digitais que actuam em Portugal cresceu na ordem dos 70%, tendo sido, consequentemente, o segmento mais dinâmico, ao contrário dos fluxos das compras ao mercado estrangeiro que foram fortemente impactadas pelas rupturas das cadeias de abastecimento e transportes internacionais.

O documento mostra ainda que mais portugueses têm vindo a aderir à compra online. Cerca de 4,4 milhões de portugueses fizeram pelo menos uma compra online durante o ano de 2020 e estima-se que, no final de 2021, serão já 4,6 milhões de cidadãos a comprar através de plataformas digitais.

O perfil do e-buyer (comprador online) português é equilibrado em termos de género, ainda que os compradores do sexo masculino (51,2%) superem ligeiramente os do sexo feminino. O comprador online português faz parte, maioritariamente, das faixas etárias entre os 25-54 anos (80,5%) e habita nas principais áreas metropolitanas (Lisboa e Porto).

Quanto à origem das compras, e como consequência dos efeitos da pandemia nos transportes e cadeias de abastecimentos internacionais, o crescimento das compras a e-sellers (vendedores digitais) portugueses e espanhóis ganhou peso. Em sentido contrário, verifica-se uma queda mais acentuada nas compras com origem na China e no Reino Unido.

E o que compram mais online os portugueses? Verifica-se um aumento das compras na generalidade das categorias, mantendo-se o “vestuário e calçado” como o sector onde se fazem mais compras (68%). Seguem-se “eletrónica e computadores” (59%), “higiene e cosmética” (44%), “livros e filmes (41%), “electrodomésticos” (32%), “utensílios para o lar” (31%), “material de desporto” (31%) e “telemóveis” (29%). A categoria “equipamentos electrónicos e informáticos” é a que mais cresce (58,5%).

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