Códigos QR vieram para ficar nos restaurantes? Downloads disparam 750%
Uma das regras impostas aos restaurantes para poderem abrir após o primeiro confinamento passava pela disponibilização de menus que não colocassem em causa a segurança dos clientes. Isto é, não podiam passar de mão em mão sem possibilidade de desinfecção, por exemplo.
Em muitos casos, a escolha recaiu sobre a digitalização, sob a forma de códigos QR: o cliente chega, aponta a câmara do telemóvel ao código e consulta o menu a partir do seu próprio dispositivo. Segundo a Bitly, os downloads de códigos QR aumentaram 750% ao longo dos últimos 18 meses, só nos Estados Unidos da América.
Raleigh Harbour, presidente da Bitly, explica à CNBC que esta não deverá ser uma tendência passageira e que, mesmo no pós-pandemia, os restaurantes continuarão a apostar neste tipo de solução. «Eles são capazes de ajustar a oferta do menu rapidamente», sublinha o responsável, referindo-se à possibilidade de alterar preços, por exemplo, consoante a inflacção ou variações nos custos das matérias-primas.
Além disso, os códigos QR oferecem mais informações sobre os clientes. A menos que os mesmos utilizem serviços de reserva online que obrigam ao fornecimento de alguns dados ainda antes de chegar ao restaurante, os responsáveis pelo estabelecimento apenas conhecem os seus clientes aquando do momento de pagamento. Por outro lado, se forem usados códigos QR para aceder ao menu, os restaurantes ficam a saber mais sobre os clientes logo quando se sentam.
No futuro, estes códigos poderão também ajudar a digitalizar ainda mais a experiência, indo além dos menus. E se a factura trouxesse um código QR que permitisse efectuar o pagamento através do telemóvel, sem recurso a cartões ou dinheiro físico, por exemplo?