CGD: Um compromisso social reforçado

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Falar de responsabilidade social não é uma simples palavra de ordem. Muito menos o é quando nos referimos a um Banco. A responsabilidade social não existe – por muitos apoios que proporcione, por muitas bolsas que atribua, por muitos prémios que promova – quando a actividade que a suporta não cumpre estritos princípios de ética, de rigor e de legalidade. A responsabilidade social exige que o ponto de partida seja sério e com propósitos bem definidos, que o caminho a percorrer seja claro. Que a transparência predomine e que o resultado final resulte em benefícios colectivos.

Essa responsabilidade social da Caixa Geral de Depósitos faz parte da matriz do banco e está presente desde sempre, das mais variadas formas. Estes tempos de Covid-19 vieram, tão-só, tornar mais evidente a sua forma de actuação e o seu compromisso com os portugueses. Com os clientes da Caixa em primeiro lugar, mas com o País como um todo. O primeiro passo da responsabilidade social da Caixa Geral de Depósitos liga-se ao facto de ser um banco ao serviço do País. Continuidade da operação O primeiro desafio que a crise colocou à Caixa, e o primeiro teste à sua responsabilidade colectiva, foi o da continuidade da operação bancária. Não se passa por uma situação destas impunemente. Foi uma alteração brusca nas nossas vidas, que teve e terá custos associados. De qualquer maneira, o que é certo é que a Caixa continuou a garantir a globalidade das suas operações.

Como, por várias vezes sublinhou, uma coisa é fazer planos em powerpoints e com fluxogramas bem desenhados, outra coisa é a real capacidade de resposta, num momento difícil. O que a Caixa fez foi “refundar” ou “refazer” um banco em muito poucos dias. Demonstrou-se que havia preparação para situações imprevistas. Isso teve reflexos directos na forma como a operação bancária foi continuada. A quase totalidade de 551 balcões e gabinetes de empresas manteve-se em funcionamento, em adequadas condições de segurança para colaboradores e para clientes. A totalidade da força de trabalho da Caixa manteve-se a laborar em pleno, com cerca de 55% de colaboradores em teletrabalho. Apesar de todos os constrangimentos, a Caixa manteve o foco nos clientes e conseguiu manter laços de proximidade.

Essa foi, para a Caixa, a primeira preocupação e o primeiro compromisso. Potenciar o atendimento à distância foi uma pequena vitória e um modo de superar a ausência ou a restrição de contacto presencial. Foi com satisfação que a Caixa viu os seus clientes responderem de forma pronta, sistemática e responsável às limitações por que todos temos passado. No final de Março, quase 70% das operações realizadas pelos clientes recorriam aos canais digitais, o que representou um aumento de 16 pontos percentuais face aos valores de referência dos meses anteriores. As limitações ao atendimento presencial foram, progressivamente, potenciando esse uso. Os dados são expressivos, no Caixadirecta: um milhão de acessos ao serviço, num único dia, em 30 de Abril. Um recorde de 20 milhões de acessos num só mês (Abril de 2020).

No dia 4 de Maio tivemos um recorde de 502 mil clientes únicos a utilizarem o Caixadirecta, cuja app é o canal preferencial de acesso ao serviço. Medidas de apoio às famílias Com a economia a entrar em crise, a Caixa transmitiu um sinal positivo, junto das famílias portuguesas. Muitas empresas pararam e muitos trabalhadores entraram em lay-off. A quebra no consumo foi abrupta e séria. O que é pago em cartões de crédito e de débito caiu 74% nos restaurantes, 87% no vestuário, 96% nos hotéis e no alojamento, 95% na aviação, 84% na educação. A retracção foi evidente. «Vamos ter de aguardar para ver como é que a recuperação vai acontecer. A oferta poderá chegar a níveis perto dos que tinha, mas não será reposta na íntegra. Teremos depois de calcular o choque na procura», diz fonte oficial da Caixa Geral de Depósitos.

O que a Caixa constata em Portugal é que o valor de salários e pensões tem uma grande estabilidade nos primeiros meses do ano, face aos últimos meses de 2019. A Caixa paga cerca de 3,3 milhões de salários e pensões, o que representa um pouco mais de 40% do rendimento do trabalho e das pensões em Portugal. Os valores transferidos em Janeiro deste ano foram de 2,286 mil milhões, 2,311 mil milhões em Fevereiro, 2,363 mil milhões em Março. e uma quebra a partir de Abril, com cerca de menos 10 mil salários. Nas medidas de apoio têm papel importante as moratórias.

Na perspectiva da Caixa devem ser estendidas, uma vez que se considera que um prazo de seis meses não é suficiente. A instituição defende que vão ser necessárias decisões ao nível do Estado e, mesmo, das autoridades europeias. «Uma perspectiva negativa seria os juros da dívida pública dispararem e, com isso, os encargos do Estado ficarem num montante muito alto e, em vez de se apoiarem as empresas, as famílias, os desempregados, serem canalizados para o pagamento de juros.» Da parte da Caixa, contactaram não só os clientes que lhes pediram moratórias, como outros, para saber se quereriam aproveitar essa possibilidade. Foram enviadas dezenas de milhares de mensagens a explicar o que estava em causa. Os problemas dos clientes da Caixa são tanto deles quanto da própria Caixa. Daí uma procura permanente de proximidade.

Foram postas à disposição de famílias e de empresas linhas de crédito e de fi nanciamento, destinadas a aliviar problemas de tesouraria. E que tiveram também, em diversos níveis, como objectivo criar melhores condições em termos futuros. Prémios Caixa Social 2021 Uma iniciativa que faz já parte do calendário da instituição é a atribuição dos Prémios Caixa Social, agora antecipados para dar uma resposta mais cabal a um momento difícil. De forma crescente, tem aumentado a sua importância. Se o valor em causa (500 mil euros) é significativo, maior destaque ganha a iniciativa com o valor dos projectos apresentados. Os prémios afi rmam-se e, ao mesmo tempo, adaptam-se.

Este verdadeiro suporte às entidades que desenvolvem a sua actividade no chamado terceiro sector vai contemplar iniciativas de pessoas colectivas de direito privado sem fi ns lucrativos cuja actividade esteja ligada ao combate, controlo, prevenção e resposta aos impactos sanitários, sociais e económicos da pandemia Covid-19. O foco dos prémios, com um valor por projecto entre os 2.000 e os 20.000 euros, vai no sentido de encorajar actividades e projectos vocacionados para a resposta aos cuidados de saúde, de suporte às necessidades básicas da população e inclusão social, bem como na manutenção de postos de trabalho viáveis e no fomento à criação de novos empregos.

As áreas abrangidas por estes prémios são três: cuidados de saúde – projectos que procurem dar resposta a situações de emergência social e/ou comunitária, através do combate, controlo ou na prevenção da Covid-19 -, solidariedade e inclusão social – projectos que visem dar suporte a necessidades básicas da população e, em particular, dos idosos e das pessoas em situação de sem-abrigo (PSSA), entre as quais a alimentação, cuidados de higiene e alojamento – e, finalmente, promoção do emprego – através de iniciativas que contribuam para a manutenção e/ou criação de emprego, abrangendo instituições da economia social e solidária, bem como entidades da área cultural e definindo como público-alvo o segmento pessoas com idades compreendidas entre os 25 e os 55 anos. O denominador comum está centrado na protecção das pessoas. E pela premência que estas matérias envolvem, há outra palavra- -chave, que é a rapidez. As candidaturas foram em Maio, as decisões do júri serão tomadas até 12 de Junho, a entrega dos donativos terá lugar até fi nal do mesmo mês.

Não há responsabilidade ou compromisso social que se compadeça com lentidões ou hesitações. Atribuição de donativos e apoios Tem sido convicção da Caixa que é importante passar das palavras aos actos e fazer das mensagens acção. Somaram-se, durante os últimos meses, iniciativas e montantes. Os prémios Caixa Social 2021 foram antecipados, de forma a dar uma resposta mais cabal a necessidades urgentes que se fazem sentir. A esses 500 mil euros juntou-se igual quantitativo no âmbito da contribuição de Portugal para a campanha de angariação de fundos promovida pela Comissão Europeia para fi nanciar a investigação de tratamentos e vacina para a Covid-19. Foi importante o envolvimento com entidades de referência. Destaca-se a doação de 100 ventiladores ao Sistema Nacional de Saúde, através da Associação Portuguesa de Bancos, num montante superior a 230 mil euros.

Tal como foram relevantes os apoios para o projecto de produção de viseiras de protecção da SIBS, ao fundo criado pela Cruz Vermelha Portuguesa, para financiamento de projectos do âmbito da saúde e de apoio humanitário, e à iniciativa SOS – Coronavírus da Associação Empresarial Portuguesa, em articulação com a Ordem dos Médicos. Ao todo, e até ao momento, esse empenho já se traduziu em apoios que, globalmente, ultrapassaram 1.250.000 euros. O mundo alterou-se, de uma forma que ninguém conseguiria imaginar no início do ano. «O cenário que se pudesse traçar parecer- nos-ia estranho e irreal. Nestes tempos de mudanças súbitas, uma coisa não mudou. A importância que a Caixa atribui à área social e aos projectos relevantes que, neste domínio, são desenvolvidos», sublinha fonte oficial da marca. Essa linha de conduta foi aprofundada e melhorada. Voltando ao início, importa também sublinhar que «a responsabilidade social não é, para nós, uma “oportunidade” ou um gosto momentâneo. Faz parte da nossa matriz, como dizemos mas, sobretudo, como demonstramos».

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