Canábis ganha fãs na Europa: mercado de CBD deve chegar aos 1,4 mil milhões em 2023
A indústria do canabidiol, mais conhecido como CBD, na Europa ainda está a dar os primeiros passos, o que significa que há oportunidades a considerar pelas empresas que equacionam apostar neste negócio. Segundo o Brightfield Group, o valor do mercado de CBD no continente europeu deverá passar de 270 milhões de euros em 2018 para 1,4 mil milhões de euros já em 2023. Caso a previsão se confirme, estaríamos perante um crescimento anual de 42%.
A nível mundial, a Europa é, ainda assim, o segundo maior mercado de CBD (31%), posicionando-se logo atrás da América do Norte (40%). As restantes regiões juntas respondem por 29%, de acordo com dados do Orian Research Group.
Mas por que razão a Europa está atrás da América do Norte? O que está a atrasar o dinamismo e a evolução deste mercado no Velho Continente? Um dos problemas estará na percepção dos consumidores (e dos governos e empresas) relativamente ao CBD.
Embora pertença à mesma família que a canábis, não se trata de uma substância psicoactiva. É, por outro lado, um composto encontrado nesta planta cujas propriedades podem ajudar a reduzir a inflamação e a ansiedade, minimizar a frequência de convulsões ou ajudar a dormir, entre outros.
Segundo o Visual Capitalis, o CBD é ilegal apenas em 11 países ou territórios europeus, nomeadamente Eslováquia, Lituânia, Montenego, Moldávia, Andorra e Arménia. Por outro lado, pode ser consumida e vendida sem problemas na Suécia, Holanda, Reino Unido, França, Espanha, Ucrânia ou Luxemburgo, num total de 15 geografias.
Os restantes países da Europa apresentam algumas restrições ou incertezas, como é o caso de Portugal: desde o ano passado que o CBD é legal no território nacional, mas somente para fins medicinais.