Zurich: O novo mundo do trabalho

Como podem os empregadores integrar o bem-estar físico, mental, social e financeiro da sua força de trabalho de forma holística? Esta é uma das questões que se impõem às organizações numa realidade pós-pandémica e é, simultaneamente, um tópico de pesquisa recorrente do estudo Workforce Protection, realizado pelo Grupo Zurich e pela Smith School of Enterprise and the Environment da Universidade de Oxford, que a Zurich Portugal integra.

Já não há dúvidas de que, da pandemia, emerge uma força de trabalho mais fragilizada – com maior percepção da sua vulnerabilidade em relação à saúde, à protecção e aos rendimentos. Por essa razão, os colaboradores tendem a valorizar, cada vez mais, benefícios ajustados às suas necessidades, que vão muito além do padrão tradicional. Torna-se incontornável, para as empresas, cuidar do bem-estar das suas pessoas nas várias dimensões – física, mental, social e financeira.

Manter os colaboradores felizes, saudáveis e equilibrados é um pilar indiscutível para a construção de uma cultura positiva e para a manutenção de uma elevada produtividade. As pessoas que se sentem cuidadas pelos seus empregadores sentem-se, também, valorizadas e reconhecidas, o que se reflecte, de forma notória, no seu desempenho. Atender às necessidades holísticas da força de trabalho é a chave para as organizações promoverem o bem-estar dos colaboradores ao longo da sua carreira.

O estudo sugere que as empresas passem a monitorizar, de forma regular, o bem-estar das suas pessoas, garantindo que trabalham em ambientes saudáveis, seja no escritório, numa fábrica ou em casa. Empreender estratégias que assegurem o bem-estar é a forma de manter os colaboradores saudáveis, motivados e produtivos. A solução poderá passar pela flexibilização do espaço e tempo de trabalho e por incentivos a um melhor equilíbrio entre a esfera pessoal e profissional.

«Acreditamos que as empresas estão mais conscientes da necessidade de repensar as suas políticas e de que não podem ser apenas empregadoras, mas sim importantes protagonistas na promoção das várias dimensões do bem-estar do colaborador, dentro e fora do contexto laboral. As empresas terão de encontrar novos incentivos para ir ao encontro das expectativas dos seus colaboradores, optando por soluções personalizadas e adaptadas à fase de vida de cada um», refere Nuno Oliveira, director de Recursos Humanos da Zurich Portugal.


MAIS PROTECÇÃO PARA OS COLABORADORES

Urge empreender novas parcerias entre governos, empregadores e fornecedores de benefícios, com vista a atenuar os riscos e aumentar a protecção dos colaboradores face ao contexto da economia no pós-pandemia. Esta é a conclusão do relatório principal do estudo Workforce Protection “Definir um mundo de trabalho melhor: argumentos para defender um novo contrato social”. Ao longo da investigação que orientou este estudo, o Grupo Zurich tem vindo a recomendar uma ampla cooperação para apoiar os sistemas de segurança social em todo o mundo, mas a Covid-19 tornou premente a necessidade de defender um novo contrato social.

São necessários programas robustos, que se reforcem reciprocamente, para proteger as fontes de rendimento das pessoas e famílias em risco, para a requalificação profissional e para a segurança financeira ao longo das carreiras profissionais e para além destas. Esta é uma forma de as empresas liderarem um futuro melhor, onde a protecção seria inovadora, sustentável e pensada para o longo prazo.

«Perante a falta de capacidade financeira dos Estados assegurarem, por si só, este nível de protecção enquanto suporte de última instância, será necessário um reforço do papel das empresas e do sector segurador. Esta responsabilidade partilhada na protecção dos colaboradores pode ser particularmente favorável às empresas, em múltiplas dimensões. Face a colaboradores que procuram sentir-se mais seguros e com maior estabilidade, a oferta de maior segurança ganha um novo papel na atracção, retenção e valorização dos colaboradores. Ou seja, empresas que oferecem maior protecção podem diferenciar-se no mercado, retendo os melhores talentos», adianta Ana Paulo, head of Life e membro do Conselho de Administração da Zurich – Companhia de Seguros Vida.

A pandemia representa um desafio sem precedentes para a protecção, saúde e bem-estar dos colaboradores, mas as empresas podem prosperar através da adopção de uma abordagem positiva para o bem-estar dentro e fora do trabalho. Mais do que nunca, é fundamental repensar os espaços de trabalho, como parte desta abordagem positiva.


ESPAÇOS FÍSICOS QUE PROMOVEM O BEM-ESTAR

Cuidar dos colaboradores, aumentar o seu bem-estar e criar as melhores condições de trabalho é a ambição do LiZboa, o projecto de construção e reabilitação sustentável do edifício sede da Zurich, em Lisboa, que marca o início da adopção de um modelo de trabalho híbrido.

O edifício, que aposta em espaços que promovem a excelência relacional e foi desenvolvido a pensar na experiência dos colaboradores, conta com diversas zonas colaborativas inter e intra-equipas, espaços sociais e de lazer que promovem o bem-estar, a socialização, o trabalho colaborativo, a criatividade, a produtividade e que reforçam a cultura organizacional da Zurich. Alguns dos exemplos destes espaços são uma cafetaria com esplanada exterior, uma sala polivalente para actividades desportivas e culturais, uma sala de repouso e de amamentação e, ainda, balneários.

«A transformação total do edifício tem como principal objetivo proporcionar uma experiência de trabalho única e melhorada aos nossos colaboradores, através de um escritório mais confortável, flexível, ágil e adaptado à nova realidade», salienta Carlos Fonseca, chief Operating Officer da Zurich Portugal.

O edifício está a ser projectado considerando dez áreas relevantes para a sustentabilidade, saúde e bem-estar dos colaboradores: ar, água, alimentação, iluminação, actividade física, conforto térmico, materiais, saúde física e mental e comunidade. Além das preocupações com o conforto dos colaboradores, são privilegiados equipamentos mais eficientes e com melhor desempenho energético, como é o caso da iluminação, que passa a ser 100% LED, e a renovação do sistema de ventilação e climatização, garantindo a qualidade do ar interior.

O projecto proporciona um melhor equilíbrio entre a vida pessoal, familiar e profissional, tendo sido concebido para integrar a flexibilidade do trabalho híbrido, um dos elementos mais valorizados pela maioria dos colaboradores da Zurich.


A DIMENSÃO SOCIAL E EMOCIONAL NAS ORGANIZAÇÕES

A implementação de iniciativas com vista à promoção do equilíbrio emocional, da vida saudável e da satisfação dos colaboradores é actualmente imperativa para assegurar um ambiente de trabalho próspero, mitigando o risco de cenários como a alta rotatividade e a desestabilização da produtividade das equipas. Os escritórios devem acompanhar esta mudança de paradigma. Apostar em espaços de trabalho que privilegiam a sustentabilidade e o conforto, o trabalho colaborativo, políticas flexíveis de lugares, espaços de concentração e, ainda, de lazer e bem-estar é mais uma forma de promover maiores níveis de motivação, produtividade e experiências positivas.


E
ste artigo faz parte do Caderno Especial “Seguros”, publicado na edição de Fevereiro (n.º 307) da Marketeer.

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