Burger King abandona fábrica que usava carne de cavalo

A cadeia de restaurantes fast-food Burger King decidiu quebrar o contrato com a fornecedora irlandesa Silvercrest Foods, acusada de misturar carne de cavalo nos hambúrgueres. Os produtos eram vendidos no Reino Unido e Irlanda, dois mercados onde não existe o hábito de consumo deste tipo de carne.

O escândalo rebentou na semana passada, quando uma investigação levada a cabo pelas autoridades irlandesas revelou a presença de ADN de cavalo em produtos vendidos no Reino Unido e na Irlanda, nomeadamente em hipermercados como Tesco, Aldi, Lidl e Iceland. O caso foi avaliado pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, como sendo “extremamente grave”.

A par da Silvercrest Foods (que, para além destas superfícies, era fornecedora da Burger King), também os produtos processados nas fábricas das empresas Liffey Meats (no mercado irlandês) e Dalepak Hambleton (no mercado britânico) deram positivo nos testes ao ADN de cavalo.

A Silvercrest Food, detida pelo Grupo ABP Food, foi a única a admitir, em comunicado, a adulteração da carne, que era vendida como sendo 100% de vaca. Na semana passada, a empresa suspendeu a produção e retirou dos hipermercados mais de 10 milhões de hambúrgueres.

Em comunicado, a Burger King anunciou que está à procura de um novo fornecedor para os mercados do Reino Unido e Irlanda. “Esta é uma medida voluntária e preventiva”, refere a marca, sublinhando que “não há quaisquer provas que sugiram que os produtos da Silvercrest fornecidos à Burger King tenham sido afectados”. Enquanto a Burger King procura um novo fornecedor, alguns produtos podem ficar temporariamente indisponíveis no mercado, alertou a marca.

De acordo com a Exame brasileira, a Autoridade de Segurança Alimentar da Irlanda (FSAI) testou 27 hambúrgueres que diziam ser exclusivamente à base de carne de vaca e encontrou ADN de cavalo em 10 amostras e de porco em 23.

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