Banco CTT abre dia 27 e já tem marca

Proximidade e simplicidade foram as palavras que mais se ouviram, hoje, na apresentação da imagem do Banco CTT. Com abertura agendada para o próximo dia 27 em modo soft opening, ou seja, disponível apenas para os colaboradores da empresa, o Banco CTT vai aproveitar a ligação da marca CTT aos portugueses, complementando-a com uma oferta «pequena mas simples».

Segundo Luís Pereira Coutinho, CEO do Banco CTT, a relação de afectividade que os CTT têm com o público irá diferenciar o novo banco dos restantes, acrescentando que os poucos produtos que estarão disponíveis foram pensados para responder às necessidades diárias dos portugueses. O responsável avançou que o Banco CTT terá soluções de poupança mais flexíveis do que a concorrência e com menos restrições e que os produtos de crédito também serão «mais simples e menos intimidantes».

No primeiro trimestre de 2016, o Banco CTT chegará a todos, transformando-se num verdadeiro «banco universal», como refere Luís Pereira Coutinho. Pensado não só para os actuais clientes dos CTT, incluindo os 3,7 milhões que utilizam de forma mais ou menos regular as suas aplicações financeiras, mas também para os restantes, o Banco CTT está a preparar soluções mais abrangentes que incluem o online. O banco terá presença digital e mobile de modo a atrair as gerações mais jovens e os clientes que procuram serviços mais modernos.

Expansão para 2016

O Banco CTT abrirá, no mesmo dia, em mais de 50 lojas CTT, escolhidas de acordo com a sua relevância em cada região do País. A presença do banco nas lojas será ainda condicionada pelo espaço de cada uma. As de maior dimensão terão uma zona dedicada ao banco, enquanto as de média dimensão terão apenas balcões específicos para a actividade bancária. Já as lojas mais reduzidas contarão com balcões multifuncionais que beneficiarão da formação que os funcionários dos CTT têm vindo a receber desde Abril. Estão previstas aberturas para todos os trimestres.

Quanto a previsões relativamente ao impacto da nova marca e ao número de clientes, Francisco Lacerda, presidente e CEO dos CTT, avançou apenas que, num plano de três a cinco anos, o Banco CTT não será a actividade mais relevante. Os correios e o negócio tradicional continuarão a liderar.

Estratégia de comunicação

À margem do evento, Miguel Salema Garção, director de Marca e Comunicação dos CTT, revelou à Marketeer que a opção pela denominação Banco CTT «obedeceu a um rigoroso estudo e análise» que permitiu «tomar a decisão de forma muito consciente e segura». O responsável acrescentou que «o facto de o Banco ter CTT na sua denominação alavanca um conjunto de atributos muito positivos: a confiança e a proximidade.»

Embora estejam extensamente ligadas, a estratégia de comunicação para ambas as marcas será desenvolvida separadamente, sendo que as primeiras campanhas para o Banco CTT já estão a ser trabalhadas. Miguel Salema Garção conclui que «quando se comunicar uma também se estará indirectamente a valorizar a outra».

A Havas Design+ é a agência responsável pela nova marca, que vai passar a conviver lado a lado com a imagem de marca CTT.

Texto de Filipa Almeida

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