Audi remove os quatro anéis do seu logo. Sabe qual é o motivo?

A Audi está a enfrentar desafios no competitivo mercado chinês, o maior mercado automóvel do mundo. Para responder às exigências dos consumidores, a marca adotou uma nova estratégia para se adaptar: lançou a sub-marca elétrica “AUDI”, em parceria com a SAIC, dirigida diretamente para consumidores jovens e cada vez mais tecnológicos.

A novidade inclui a eliminação do icónico logótipo dos quatro anéis da sua marca tradicional. Mas porquê retirar a imagem de marca?

A decisão de retirar os quatro anéis reflete um ajuste estratégico face à crescente concorrência. Como revela a Reuters, “a nova marca de veículos elétricos da Audi na China apresentará apenas o nome AUDI e não o logótipo característico dos quatro anéis, uma estratégia destinada a atrair consumidores mais jovens no maior mercado automóvel do mundo”.

De acordo com o CEO da Audi, Gernot Döllner, esta mudança estratégica deve-se ao facto de “a indústria estar a passar pela maior transformação da sua história”. Com efeito, o perfil do consumidor premium na China mudou drasticamente, sendo agora muito mais jovem e com uma clara preferência pela tecnologia, em particular por veículos elétricos. Estes consumidores procuram mais do que um simples automóvel; exigem uma experiência conectada, intuitiva e surpreendente, que dialogue diretamente com as suas expectativas.

O conceito, concebido exclusivamente para o mercado chinês, representa uma aposta decisiva na tecnologia elétrica e na conectividade inteligente, preservando o ADN da Audi e adaptando-se às exigências e tendências da China.

Com um público-alvo mais jovem, exigente e tecnológico, a Audi pretende competir com marcas locais como Nio e Zeekr. O projeto “Purple” contará com tecnologias avançadas, como baterias CATL e sistemas de assistência da Momenta. Prevê-se o lançamento de nove modelos até 2030, reforçando a presença da marca no maior mercado automóvel do mundo.

Como aponta a Reuters, “desenvolver carros especificamente para a China permite que os fabricantes estrangeiros atinjam melhor um vasto grupo de consumidores”. Neste sentido, o novo projeto “Purple” da Audi, em colaboração com a SAIC, foi concebido para ser mais compatível com as preferências locais.

“Os clientes (aqui) são muito mais jovens do que no resto do mundo, com idades entre 30 e 35 anos, em média, no segmento premium, enquanto no resto do mundo a média é de 55 anos”, como afirmou o CEO Fermin Soneira à Reuters.

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