Atletas juntam-se à Amnistia Internacional para lutar pelos Direitos Humanos
João Félix, Ricardo Quaresma, José Fonte, Éder, Rui Patrício, Trincão e Renato Sanches são alguns dos atletas nacionais que aceitaram o convite da Amnistia Internacional Portugal no sentido de consciencializar para os Direitos Humanos. Sob o mote “Eu Jogo Pelos Direitos Humanos”, o novo projecto foca-se, numa primeira fase, no futebol, mas outras modalidades irão juntar-se.
Além de jogadores, também outras figuras relevantes da área do desporto, como treinadores e árbitros, participam nesta iniciativa, que, de acordo com a organização, tem como pano de fundo o clima de violência, racismo, intimidação e ameaças à integridade física (pessoal e familiar), bem como o discurso de ódio sentido por agentes desportivos ou casos de tráfico humano.
«O desporto pode afirmar-se como exemplo de um mundo mais justo, por ser inclusivo e multicultural. Mas isso depende de todos: adeptos com mais respeito que se demarcam de todas as manifestações de ódio, clubes com mais noção da sua responsabilidade social, atletas e equipas técnicas que utilizam a sua influência mediática com mais força para que todas as pessoas, em todo o Mundo, possam usufruir de Direitos Humanos», explica Pedro A. Neto, director-executivo da Amnistia Internacional Portugal.
A iniciativa irá estender-se pela época 2020/2021, estando previsto um conjunto de acções de sensibilização e educação em parceria com as entidades que apoiam o projecto.
Segundo Pedro A. Neto, «o desporto espelha a sociedade no seu melhor e no seu pior», tendo potenciado alguns comportamentos, práticas e ideais que promovem o racismo e a discriminação, entre outros. Tanto dentro como fora de campo. Por isso mesmo, nasce “Eu Jogo Pelos Direitos Humanos”, iniciativa que ambiciona provocar mudanças de atitudes.
«No caso particular do futebol, como jogo de arte colectiva, junta capacidades, habilidades e culturas diferentes, trabalhando-se em conjunto e união para alcançar a vitória, jogo a jogo. É isso que queremos que seja transposto para a sociedade e para os direitos humanos: um trabalho colectivo e de todas as pessoas para um Mundo melhor», conclui o director-executivo da Amnistia Internacional Portugal.