APAN e APAME lançam novo código de boas práticas

A APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes e a APAME – Associação Portuguesa de Agências de Meios apresentaram hoje o novo Código de Boas Práticas para Concurso de Agências de Meios. O documento apresenta as diversas etapas e princípios básicos que devem reger um concurso de agências de meios, para que este seja bem-sucedido e resulte numa relação duradora.

Trata-se da primeira iniciativa conjunta entre as duas associações, que resultou na elaboração de um guia com 20 princípios básicos para a realização de um concurso de agências de meios. Os princípios estão estruturados em seis etapas, que vão desde o momento que antecede o processo de concurso até à fase de pós-decisão.

De uma forma geral, o novo código alerta para várias questões que devem ser consideradas e respondidas antes de se avançar para um concurso. Contempla ainda recomendações ao nível da selecção das agências, da elaboração do calendário e da existência de um fee de rejeição, entre outros.

O documento é inspirado em boas práticas internacionais e está a partir de agora acessível, de forma gratuita, a todo o sector.

Em entrevista à Marketeer, António Casanova, presidente da APAN, e Alberto Rui Pereira, presidente da APAME, sublinham que «este código pretende ajudar os anunciantes a conduzir um concurso de agências de media de forma a assegurar não apenas a eficácia do processo mas o seu resultado no médio e longo prazos».

O que justificou a criação deste Código de Boas Práticas para Concurso de Agências de Meios? Que problemas fundamentais é que pretende abordar e resolver?

Este código pretende ajudar os anunciantes a conduzir um concurso de agências de media de forma a assegurar não apenas a eficácia do processo mas o seu resultado no médio e longo prazos. Reconhecemos a complexidade do trabalho que um concurso de agências de media envolve e queremos ser um facilitador, minimizando o gasto de recursos não produtivos, de parte a parte.

Quais os princípios básicos mais importantes do novo código?

Este documento elenca 20 princípios básicos enquadrados em diferentes fases desde o momento da tomada de decisão em avançar com o concurso, passando pelo briefing e processo de selecção até à decisão e – não menos importante – o “pós-concurso”. Todos eles têm como bases o profissionalismo, a clareza, a transparência e o respeito ao longo das diferentes etapas do concurso.

Que acções de pedagogia serão agora feitas junto dos anunciantes e agências de meios para dar a conhecer o novo código?

Este é um guia de boas práticas, desenvolvido em conjunto pela APAN e pela APAME, inspirado em documentos utilizados internacionalmente e no qual acreditamos. Vamos disponibilizá-lo aos nossos associados da mesma forma que fizemos com anteriores guias e recomendar a sua utilização, ainda que essa seja uma decisão do anunciante. Este documento estará também disponível para todo o mercado.

Esta é a primeira iniciativa conjunta entre a APAN e a APAME. Até que ponto era importante esta concertação entre as duas associações?

Não se trata de uma concertação mas sim do reconhecimento da importância de processo conduzido de forma adequada, e dos benefícios que daí poderão advir para ambas as partes. A colaboração existirá sempre, e em várias áreas, em benefício do bom funcionamento da indústria da comunicação.

Para o futuro estão previstas novas iniciativas conjuntas? Existem outras matérias que carecem de orientação/regulamentação?

Não temos quaisquer dúvidas em relação à vontade de trabalharmos em conjunto em diferentes matérias. Sempre que identificarmos oportunidades de melhoria das relações entre anunciantes e a s suas agências em benefício do trabalho conjunto com reflexo positivo nas marcas que representam, estaremos disponíveis para ajudar a construir esse caminho.

Texto de Daniel Almeida

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