Aon e Allianz lançam seguro para proteger reputação das empresas
A Aon e a Allianz Global Corporate & Specialty juntaram-se para lançar um seguro cuja missão é proteger a reputação das empresas em Portugal. Cientes de que existem novas ameaças a comprometer a imagem das companhias e de que as mesmas estão pouco preparadas para lidar com este tipo de risco, quiseram desenvolver uma solução.
Estimativas da Allianz revelam que as empresas podem perder 30% do seu valor patrimonial no ano seguinte a uma crise. Isto porque um quarto do valor de uma companhia estará alicerçado na sua marca.
Designada “Reputation Protect Plus”, esta apólice de seguro já existia na Alemanha, Espanha, França e Itália. Agora, chega a Portugal através de uma parceria que envolve serviços de gestão, indemnização e recuperação de crises reputacionais.
A cobertura inclui o pagamento dos custos com serviços de gestão de crise, investimento na reconstrução de imagem, indemnização pelas perdas dos prejuízos sofridos pelos danos reputacionais e acesso a serviços especializados como media monitoring e consultoria de comunicação.
«O risco de reputação tem ocupado as duas primeiras posições no Global Risk Management Survey da Aon ao longo das últimas quatro edições, o que parece indicar que há uma clara consciência dos decisores face ao grau de exposição ao risco que as suas organizações enfrentam», avança João Mendonça, Chief Commercial Officer da Aon Portugal. No entanto, apesar de saberem os riscos potenciais, não estão preparados.
Disputas políticas comerciais, acções regulatórias agressivas, recalls, desastres naturais, ataques cibernéticos de grande alcance e escândalos corporativos estão entre as principais causas de crises deste tipo.
Guiliano Maisto, head of Financial Lines Espanha e Portugal da Allianz Global, acrescenta que «nenhuma organização é demasiado pequena ou grande para ser afectada por uma crise». Mesmo as grandes organizações, conta, enfrentam crises que podem comprometer a sua competitividade.
«Isto é ainda mais alarmante porque na era das redes sociais e das fake news, a percepção é a realidade e a reputação pode ser destruída em poucas horas com efeitos imediatos na sustentabilidade de uma empresa. Se a gestão da crise não funcionar, a percepção de crise cresce para uma crise sistémica de desconfiança», afirma ainda Guiliano Maisto.