Afinal, o que é o metaverso? «Há quem considere o Zoom uma forma de metaverso»
Numa altura em que tanto se fala de NFTs e metaverso, este tema não podia ficar de fora da 18.ª Conferência Marketeer. Thibault Launay, CEO da Exclusible, foi o convidado encarregue de explicar ao público em que consiste, afinal, uma coisa e outra.
Para deixar toda e qualquer dúvida de parte, um NFT é o produto e o metaverso uma experiência, que traz a possibilidade aos utilizadores de serem proprietários de activos (como NFTs). Em comum têm o facto de existirem diferentes tipos de non-fungible tokens – informação digital registada em blockchain –, que podem ser fotografia, vídeo ou texto, por exemplo, assim como há uma infinitude de universos digitais.
«Há quem considere o Zoom ou os filtros do Snapchat uma forma de metaverso. Para outros é necessária uma experiência completamente imersiva para ser considerada metaverso», diz o empresário francês, actualmente sediado em Portugal. Na verdade, existem precisamente estes dois tipos: num, a categoria é texto; noutro, é arte. Um recorre à Realidade Virtual e outro à Realidade Aumentada.
E neste mundo de activos digitais, a exclusividade, a riqueza e o estatuto são algumas das características que os acompanham, levando as marcas a migrar para uma realidade pixelizada onde o seu valor pode ser alavancado e que pode chamar a atenção de novos públicos.
Exemplo disso são os eventos virtuais que já decorrem em metaversos como a Sandbox ou a Decentraland, como foi o caso da apresentação da nova cerveja Heineken Silver. Thibault Launay antevê que esta é uma tendência que veio para ficar e que vai alargar-se também a conferências, eventos, apresentações e outros que tais, além de potenciar o imobiliário digital. Já imaginou como seria ter uma casa virtual que só o seu avatar pode usar?
Texto de Beatriz Caetano
Foto de Filipe Pombo