À procura de talentos!
Por Sofia Alcobia, executive manager na Be Ideas
A captação de talento é, hoje, um dos maiores desafios que as empresas enfrentam. No âmbito tecnológico, a escassez é evidente, com um elevado crescimento de procura de soluções em ambiente tecnológico impulsionado pela necessidade de transformação digital nas empresas e instituições. Estima-se que o nosso País precise de 18 mil pessoas (quando nas universidades actualmente saem cerca de 5 mil licenciados).
Para além de serem insuficientes muitos dos recém-licenciados procuram começar a sua carreira no estrangeiro ou iniciando projectos próprios, reduzindo ainda mais as opções de escolha para as empresas que precisam destes recursos. A conjugação deste factores contribui para uma crescente concorrência entre empresas tecnológicas pela captação dos melhores talentos “produzidos” nas instituições de ensino portuguesas.
Alavancar a notoriedade de uma marca ou empresa que se torne apetecível a um potencial candidato é um objectivo permanente dos recursos humanos e equipas de marketing e comunicação.
Acompanhar e entender este público-alvo não é fácil, sendo preciso responder às suas expectativas e apresentar um futuro desafiante. Para isso, é importante que se criem condições para a criatividade e partilha de ideias que permitam desenvolver soluções diferenciadas e próximas das ambições dos potenciais candidatos. Muitas das universidades e politécnicos já promovem uma relação próxima com as empresas através de protocolos e parcerias empresariais. A realização de feiras de emprego e empreendedorismo são excelentes oportunidades para o contacto entre os estudantes e as empresas. Iniciativas como o Jobshops ou Pitch Bootcamps são alguns exemplos de momentos de partilha entre os estudantes e empresas que, numa estratégia integrada de comunicação, podem ser potenciadas para criar valor às marcas.
Estar desde cedo junto dos candidatos é uma estratégia eficaz na conquista da sua confiança. Para isso, desenvolver acções nos polos de formação universitária e politécnica é essencial. Ao promover uma comunicação consistente e coerente, as empresas estão a apostar numa relação contínua com um dos seus principais capitais, os recursos humanos. O talento desenvolve-se não só pelas condições intrínsecas de cada pessoa, mas muito pelo apoio e acompanhamento que lhe é dado. E as empresas e marcas que fizerem parte, desde cedo, desse crescimento serão aquelas que permanecerão e terão as melhores equipas.