«É o melhor blend criado até ao momento»

Logan

No ano em que celebra 111 anos, a Logan assinala a data com o lançamento do Logan Heritage Blend, um whisky que regressa às origens de uma tradição secular para recuperar o sabor autêntico da emblemática bebida escocesa, produzida na ilha de Islay. O Logan Heritage Blend resulta da combinação de whiskies das mais antigas e famosas destilarias escocesas, cuidadosamente seleccionados e envelhecidos em casco de carvalho para se fundirem.

O Logan Heritage Blend foi apresentado no final da semana passada e que está já disponível para venda nos locais habituais.

A Marketeer conversou com Caroline Martin, Master Blender da Diageo, distribuidora da marca em Portugal.

Como é que a marca Logan está a conseguir chegar às camadas mais jovens? Em Portugal não são grandes consumidores de whiskey.

Logan1Estamos a trabalhar para chegar a esses consumidores. O facto é que não é só em Portugal que os consumidores mais jovens ainda não estão no whiskey. É um facto mundial que as pessoas que estão a começar o seu reportório de bebidas alcoólicas, seja por questões de sabor ou de preço, tendem a ir numa direcção e não na outra. Depois de uma série de testes que fizemos não apenas com produtos Logan, mas também com outros de outras marcas, concluímos que os consumidores mais jovens tendem a priveligiar bebidas com sabores, doces. A maioria das vezes procuram produtos frutados. A vodka tende a ser popular também porque é macia e não tem a complexidade de sabores que os whiskeys têm. Este foi um dos focos quando estive a misturar os sabores deste novo blend para garantir que era excepcionalmente macio, algo ajudado pela baunilha. E felizmente os consumidores mais jovens estão a reconhecer isso. Há um certo grau de complexidade, mas não é áspero. E os sabores a fumo foram introduzidos de uma forma muito cuidadosa porque o fumo pode ser interpretado como sendo muito áspero.

Espero que os consumidores mais jovens quando o experimentarem uma vez, regressem.

E a partir do momento que tiverem experimentado, a ideia é fazê-los transitar para outras misturas Logan?

Sim. Eles podem manter-se com a mistura dos 111 anos, não há nada de errado nisso, mas se quiserem podem experimentar as outras misturas Logan disponíveis nos diferentes mercados. Encorajá-los-ia a fazê-lo. Acho que assim que os tivermos apanhado para experimentar e gostarem, ficam mais predispostos a experimentar algo na mesma área.

Qual o preço comparativamente com outras misturas da Logan?

É muito similar.

Como descreveria o consumidor europeu?

Na generalidade o consumidor europeu tem gostos muito semelhantes. Não há traços distintivos do que um gosta e os outros desgostam. Em termos de whiskeys e misturas há áreas a evitar.

Quais?

Temos que assegurar que o equilíbrio dos sabores está bem construído. Há uma variedade de ingredientes à disposição para as misturas. Há antes de mais a bebida que a destilaria produz que é guardada em barricas durante no mínimo três anos. Não lhe podemos tocar. Nesse processo o sabor está a mudar. Dependendo do tipo de madeira das barricas, os sabores são também eles diferentes. Se o líquido estiver nas pipas mais anos, o seu sabor está em mutação.

Para este produto em questão pude escolher produtos com um sabor suave, mas ao mesmo tempo complexo que fosse apelativo para os consumidores. O que torna este produto muito especial. Eu diria que é o melhor blend criado até ao momento.

embalagem loganQual diria que é o target principal deste produto?

O sabor torna-o apelativo para todos, inclusive os actuais consumidores de Logan. Há uma familiaridade neste produto que eles vão apreciar. Mas ao mesmo tempo, os novos consumidores vão gostar, gostassem ou não de Logan no passado. Devem dar-lhe uma oportunidade.

As mulheres são também um alvo?

Sem dúvida. E espero que fiquei com a marca assim que o provem.

Em tempos eu era muito céptica em relação à forma como as pessoas consumiam os seus whiskeys, quer fosse com uma pedra de gelo ou com uma mistura de cola ou sumo. Hoje estou muito mais descontraída. Como quer que funcione para si, está bem. Se é como gosta, faça à sua vontade e desfrute.

Texto de Maria João Lima

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