
Dona de loja de animais explica por que não vende nada de marcas de alimentos americanas
Quem tem animais procura sempre prestar-lhes os melhores alimentos que os mantenham saudáveis e resistentes ao longo das suas vidas. Mas nem todas as marcas são boas para os seus patudos. Há marcas com que alguns cães se dão melhor do que outras e, dentro das mesmas, há ainda diversos segmentos consoante as necessidades do animal – se é sénior, jovem, se tem problemas digestivos ou de pele, por exemplo.
Samira, fundadora da cadeia de lojas de animais La despensa Canina, com lojas físicas em Espanha, revelou nas redes sociais por que opta por não vender rações das marcas americanas como a Acana e Orijen (ou qualquer outra). Segundo ela, a decisão está, em parte, relacionada com a legislação mais permissiva nos Estados Unidos face à legislação europeia em relação à produção de alimentos para animais.
De acordo com a nutricionista, a legislação americana é mais permissiva, o que “gera desconfiança”. Já na Europa, o uso de animais que morreram de doenças na produção de rações é proibido, enquanto nos Estados Unidos essa restrição não é especificada, permitindo a inclusão de ingredientes que não seriam aceites no mercado europeu.
Samira destacou ainda que, como nutricionista, considera essencial avaliar cuidadosamente os ingredientes das rações. Depois, apontou que a empresa destas duas marcas deixou de ser um negócio familiar para se tornar propriedade de uma multinacional, o que impactou a sua confiança nos produtos.
Além disso, há a questão dos aditivos e conservantes: “Assim como acontece com os alimentos humanos, são utilizados aditivos e conservantes que não são permitidos aqui na Europa”, afirmou. Para Samira, a falta de transparência na rotulagem nos Estados Unidos também é um problema.