Qual a eficácia dos airbags para motociclos?

A Fundación Mapfre testou airbags em motociclistas e concluiu que contribuem para maior segurança. O teste foi feito junto de 83 motociclistas recorrendo, também, à realização de um crash test na CESVIMAP, o Centro de Experimentação e Segurança Viária da Mapfre em Ávila, Espanha.

O relatório “Ergonomia e sensações na utilização de airbags para motociclos” teve como objectivo verificar a eficácia deste sistema de segurança bem como conhecer as sensações que têm os motociclistas que o utilizam quando conduzem sozinhos ou com um passageiro, aspectos que, segundo os especialistas, podem alterar significativamente a percepção e, por conseguinte, afectar directa ou indirectamente a sua segurança.

6 em cada 10 motociclistas que utilizam o airbag têm uma maior sensação de segurança (66%), sobretudo os que têm mais de 50 anos (70%) e os utilizadores de megascooters (86%), motociclos com maior cilindrada e desempenho do que uma 125cc.

No estudo da Fundación Mapfre ficou clara a existência de um certo desconhecimento por parte dos inquiridos sobre as características e aplicações deste sistema de segurança. «Os fabricantes de motociclos devem continuar a empenhar-se no apoio à utilização deste sistema, que é diretamente aplicável a qualquer tipo de motociclista, independentemente do tipo de motociclo», afirma Jesús Monclús, director de Prevenção e Segurança Rodoviária da Fundación Mapfre. O responsável defende que é essencial «melhorar a informação, tanto para amadores como para profissionais que utilizam a mota como ferramenta de trabalho e como meio de deslocação para o trabalho», já que a probabilidade de ferimentos graves é reduzida até 22% com a utilização de um airbag para motociclos.

O relatório inclui os resultados de um ensaio experimental de colisão de motociclos a 40 km/h com dois ocupantes equipados com um airbag de condutor. A marca do colete de airbag para motociclistas utilizado no teste foi a Aspar Air, que comercializa dois modelos denominados 0.5 (270 euros) e 1.0 (425 euros), que funcionam com um sistema de activação mecânica com um cabo, o que permite que, no momento em que a mota cai, a correia que a liga ao motociclista seja activada, apertando e puxando a junta esférica que, quando se solta, activa uma mola que perfura um cartucho de gás que enche o a bolsa do airbag em menos de 200 milissegundos.