“Freelancer do Dia CCP by Marketeer”: Inês Sikkens

É difícil sobressair por entre dezenas de currículos. A partir de certa altura, os nomes confundem-se e aquele que poderia ser o par perfeito para um projecto na calha acaba por fugir. Partindo do directório lançado pelo Clube Criativos Portugal (CCP), a Marketeer propõe conhecer melhor alguns dos talentos freelancers nas áreas da criatividade e comunicação.

Inês Sikkens (creative graphic designer & art director) é a mais recente protagonista da rubrica “Freelancer do Dia CCP by Marketeer”, que apresentará, duas vezes por semana, exemplos de quem decidiu aventurar-se por conta própria.

Qual é o trabalho de que mais te orgulhas?

Sem dúvida, o projecto de que mais me orgulho foi ter feito parte do evento “Pensar Maior 2019” da Fidelidade, um evento ímpar que teve 4.000 convidados oriundos de 16 países, onde na Pop fui responsável pela concepção gráfica da identidade do evento. A Pop respondeu com uma solução nunca antes vista, a implementação do maior cenário de palco: uma caixa com projecção tridimensional, com 42×20 metros de dimensão, resolução de 12.287×9.578 e 123 milhões de pixéis. Ao todo, estiveram envolvidas mais de mil pessoas de staff e 20 empresas parceiras, coordenadas pela Pop.

Qual é o projecto que queres fazer a seguir?

Qualquer projecto que envolva criatividade. Felizmente, ao longo do meu percurso toquei em várias áreas criativas, desde activação de marca, eventos, branding, UX/UI, pelo que me sinto confortável com qualquer desafio. Estou a dar os primeiros passos enquanto freelancer e, no futuro, uma proposta que seria desafiante para mim e me faria voltar à vida de agência seria gerir uma equipa enquanto directora Criativa.

Porque é que te devem contratar?

Pelos resultados finais. Agarro qualquer tipo de projecto com o mesmo entusiasmo e dedicação, tenho uma metodologia de trabalho muito afinada e organizada, tenho experiência em várias áreas no mercado, consigo ler bem um briefing nas entrelinhas e, geralmente, consigo oferecer uma solução final à primeira proposta que apresento.

Como vês a situação actual?

Há pouco que eu possa acrescentar ou comentar de forma relevante neste tema. Todos temos experiências diferentes, algumas pessoas têm vivido dificuldades extremas, outras conseguiram navegar este ano inacreditável de forma pacífica. No meu caso, o abrandamento do ritmo de vida trouxe-me coisas extremamente benéficas, a minha qualidade de vida aumentou, por isso, tento ver o lado positivo que esta situação possa ter trazido. No início da pandemia, havia os ultra-positivos que achavam que no Verão já estava tudo de volta ao normal e, nessa altura, eu fazia parte dos pessimistas que achavam que ainda íamos penar até ao final do ano, pelo menos. Agora não tenho dúvidas de que em 2022 o mercado vai mexer, estou ansiosa por essa altura.

Desde quando és freelancer e porquê essa decisão?

Tornei-me freelancer no início deste ano. Já ruminava nesta ideia há bastante tempo e o facto da situação actual nos ter forçado a trabalhar a partir de casa deu-me coragem para dar o salto. Com mais de dez anos de experiência em várias agências, sinto que cheguei à etapa da minha vida profissional em que tenho os contactos, conhecimentos, disciplina e metodologia de trabalho necessários para que esta aposta corra bem.

Quais as vantagens e desvantagens de ser freelancer?

Para já, só encontro vantagens. É um processo de aprendizagem bastante rico estar envolvida com as diferentes partes do processo que numa agência são salvaguardadas pelo gestor de projecto. O facto de gerir o meu tempo e o meu dia-a-dia de uma forma mais orgânica e independente dá-me a liberdade mental para criar coisas novas e refrescar a minha criatividade. Este modelo de trabalho faz mais sentido para mim, faz-me feliz e isso reflecte-se nas soluções que apresento.

Para conhecer melhor Inês Sikkens:

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