Tinder quer ser o espaço onde os jovens convivem

«Esta ideia de que o mundo físico e o digital são duas vidas diferentes para a Geração Z não se tem mostrado verdade. Estamos agora a começar a compreender isso», afirma Jenny McCabe, Chief Communications Officer do Tinder, explicando a razão pela qual a aplicação de encontros tem um novo propósito para este grupo de utilizadores. Em vez de apenas promover encontros românticos, que tal disponibilizar uma plataforma onde podem passar algum tempo?

Jenny McCabe explica, em declarações à Fast Company, que o Tinder tem vindo a evoluir no sentido de ser um local onde é possível conviver e conhecer pessoas, não apenas o sítio onde se encontra alguém e depois se vai embora (eventualmente para conhecer essa pessoa pessoalmente). Para isso, e tendo em consideração a pandemia de COVID-19, lançou a funcionalidade de videochamada e tornou gratuita a utilização do Tinder Passport, que permite a interacção com utilizadores de vários pontos do planeta.

O projecto Swipe Night é outra das apostas. Lançado em Outubro do ano passado, volta a ganhar vida este mês nos Estados Unidos da América para atrair os utilizadores mais jovens. E, desta vez, será estendido a outros países também. A Chief Communications Officer do Tinder explica que é «como uma noite na cidade sem sair de casa», uma experiência interactiva que permite aos utilizadores tomarem decisões sobre o decorrer de uma história.

Na sua estreia, o Swipe Night levou a um aumento de 26% no número de matches face a um fim-de-semana comum. O número de mensagens enviadas também subiu 12%.

A segunda temporada de Swipe Night ainda não tem data de produção, mas o relançamento da primeira edição está a permitir ao Tinder afinar alguns pormenores. Além de ter sido adaptada para 20 línguas, a primeira temporada de Swipe Night foi encurtada, passando de quatro para três episódios, de forma a acelerar a acção.

«Tentamos ser o local onde as pessoas de 18 anos querem estar. Por isso temos de olhar para elas e inovar para elas regularmente», acrescenta Jenny McGabe. «Para nós, isto é sobre tornar o Tinder um espaço onde podes conviver e fazer eventos», conclui.

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