78% dos portugueses trocaria o carro por um eléctrico, mas o preço é um entrave

A maioria dos portugueses optaria por um carro eléctrico, mas não tem condições para a sua aquisição, revela o estudo “Mobilidade Eléctrica em Portugal” elaborado pelo Automóvel Clube de Portugal, que inquiriu cerca de 1550 pessoas.

De acordo com os dados, a penetração dos veículos elétricos entre os portugueses é de 2,2% e verifica-se, sobretudo, nos homens, nos indivíduos mais velhos, da região Centro e de classe alta. Os restantes mantêm-se fiéis a carros com outros sistemas de combustão.

Apesar de a maioria conduzir regularmente o seu automóvel (78%) e de não ter dúvidas em gostar de trocá-lo por outro com uma fonte de energia mais amiga do ambiente, o preço e a autonomia ou a ausência dela, são os principais entraves para que o façam.

Dos condutores com veículos eléctricos e que participaram no estudo, quase metade (43%) assume dificuldades em encontrar lugares para carregar o carro e dois em cinco destes condutores afirma que é difícil carregá-los em casa.

Na possibilidade da compra de um carro eléctrico, a maioria optaria por um de marca tradicional, enquanto 24% optaria por uma marca nova. Grande parte dos mesmos inquiridos reconhecem que é mais barato circular com um veículo elétrico do que num movido a combustão.

«Sintéticos, eléctricos ou hidrogénios, todos podem vir a ter lugar e existem posições distintas na defesa de cada solução. Além da liberdade, o determinante é que as escolhas de cada um venham a estar em consonância com o que a sociedade e os tempos exigem», afirma, em comunicado, Carlos Barbosa, presidente do Automóvel Club de Portugal.

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