7 cuidados a ter com as compras no Facebook

Fazer compras via Facebook ou Instagram pode ser muito prático, mas é também arriscado. A maior parte das “lojas” não se encontra registada como empresa em Portugal, nem tem um endereço físico de contacto, adianta a DECO Proteste. E há muitos vendedores particulares que optam por este canal para divulgar e escoar os seus produtos. Logo, a resolução de um possível conflito torna-se difícil.

Foi durante o período de confinamento, causado pela pandemia, que as queixas se intensificaram. A DECO Proteste recebeu relatos de produtos pagos que nunca chegaram ao destino, de dados falsos fornecidos pelos vendedores, de devoluções que não são bem-sucedidas e de vendedores que simplesmente bloqueiam o cliente quando este reclama, apagando a sua mensagem e quebrando qualquer possibilidade de contacto futuro.

As compras através da internet têm algum risco e aquelas feitas via Facebook e Instagram não são excepção. Mas há cautelas que podem evitar muitos dissabores. Siga as recomendações:

  • Pesquise o máximo de informação sobre a página. Peça referências e tente averiguar se há muitas reclamações online sobre este vendedor;
  • Antes de avançar para a compra, tente obter um endereço físico ou um contacto telefónico do vendedor. Ligue para pedir esclarecimentos. Se nunca atenderem, desconfie. Lembre-se de que abrir um negócio via Facebook é fácil, mas encerrá-lo também é;
  • Desconfie de produtos muito baratos. Faça todas as perguntas e analise de forma ponderada as respostas que receber;
  • Sempre que possível, opte pelas formas de pagamento mais seguras, como a transferência bancária, o multibanco ou o pagamento à cobrança. Certifique-se de que recebe um comprovativo da encomenda, com a descrição do produto, o preço, o endereço do vendedor e o prazo de entrega;
  • Se o vendedor for uma empresa, o consumidor dispõe de um prazo de 14 dias seguidos para desistir de uma compra já efectuada. No entanto, essa possibilidade não está prevista para quem compra a vendedores particulares;
  • Suspeite de vendedores que fazem muita pressão para concluir o negócio. Nunca arrisque sem investigar o anúncio adequadamente;
  • Se o produto encomendado não chegou dentro do prazo, contacte de imediato o vendedor para agendar novo prazo de entrega ou cancelar a compra, solicitando o reembolso.

 

Caso pretenda a intervenção da DECO Proteste para tentar resolver um conflito de consumo, registe a queixa na plataforma Reclamar. Também se pode apresentar queixa às autoridades nos seis meses seguintes. Nos casos de vendas à distância, onde se enquadram as compras pela via internet, os tribunais têm entendido que o consumidor só tem conhecimento de que foi vítima de possível burla depois de expirado o prazo previsto para a chegada da encomenda.

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