52% dos jovens europeus adquire produtos falsificados e 33% acede a conteúdos pirateados
Mais de metade (52%) dos jovens europeus com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos diz ter comprado pelo menos um produto falsificado durante o ano passado, quer intencionalmente quer de forma acidental, e um terço (33%) diz ter acedido a conteúdos digitais a partir de fontes ilegais.
As conclusões são de um estudo do Painel de Avaliação da Propriedade Intelectual e Juventude, que revela que 37% dos jovens inquiridos compraram intencionalmente um ou vários produtos falsificados, o que se traduz num aumento significativo em relação aos resultados anteriores (14% em 2019).
Os produtos contrafeitos que os jovens mais compram intencionalmente são roupas e acessórios (17%), seguidos de calçado (14%), dispositivos electrónicos (13%), e higiene, cosméticos, cuidados pessoais e perfumes (12%).
Porém, os jovens são igualmente induzidos a comprar produtos falsificados: a compra não intencional de produtos falsificados também se situa nos 37% e os inquiridos reconheceram dificuldades em distinguir os produtos genuínos das falsificações.
No que diz respeito aos conteúdos digitais, a pirataria intencional mantém-se estável, com 21% dos jovens consumidores (um em cada cinco) a reconhecer ter acedido conscientemente a conteúdos pirateados nos últimos 12 meses.
Por outro lado, uma proporção significativa de jovens foi enganada no acesso a conteúdos pirateados: 12% acedeu a conteúdos pirateados de forma acidental e 7% não sabe se o fez. O principal tipo de conteúdos pirateados foram filmes (61%) e séries televisivas (52%), seguidos de música (36%), utilizando sobretudo websites dedicados, aplicações e plataformas de redes sociais.
Enquanto o preço e a disponibilidade continuam a ser as principais razões para comprar produtos falsificados e aceder intencionalmente a conteúdos pirateados, as influências sociais, tais como o comportamento da família, amigos ou pessoas que conhecem, estão a ganhar um terreno significativo.
Outros factores incluem não se importar se o produto é uma falsificação ou se a fonte do conteúdo é ilegal, não notar qualquer diferença entre produtos originais e falsificados e a facilidade de encontrar ou encomendar produtos falsificados online. Um em cada 10 inquiridos mencionou recomendações de influenciadores ou pessoas famosas.