5 tendências que irão definir a temporada de compras de 2021

Por Joana Bastos dos Santos, Industry manager da Google Portugal

Quando no futuro se resumir o ano de 2021, “digitalização” será, sem dúvida, uma palavra-chave e a temporada de compras deste ano irá ilustrar bem a nossa transformação rumo a uma economia digital. Ao longo do último ano, as compras online passaram de opcionais a obrigatórias e as ferramentas de shopping tornaram-se mais inteligentes permitindo decisões de compra que já não começam nas lojas. Em vez de caminharem pelos centros comerciais, os consumidores olham hoje, cada vez mais, para montras online. Consumidores que são inspirados pelos vídeos e pelas fotos que estão a ver e que fazem compras individuais e espontâneas, mais do que a necessidade de encherem carrinhos de compras convencionais.

  • Os consumidores estão, mais do que nunca, a comprar novas marcas 

 

Com o desenvolvimento do e-commerce, as pessoas estão, cada vez mais, abertas a experimentar novas marcas que comunicam directamente com o consumidor e que são descobertas online. Ao mesmo tempo, os constrangimentos de stock pandémicos levaram alguns consumidores a procurar produtos que estivessem disponíveis automaticamente em pequenas empresas e em lojas locais. As pesquisas online estão a direccionar o tráfego de retalho para ambas as situações. Uns impressionantes 81% dos consumidores dos países ao redor do mundo alvos do estudo dizem que descobriram novas marcas online durante a pandemia. Todos os dias, 15% das pesquisas no Google são pesquisas novas, o que potencia mais oportunidades constantes para novas tendências, produtos e para marcas de forma a alterar o fluxo de receitas dos retalhistas.

  • Os consumidores procuram cada vez mais os vídeos e as imagens para inspiração em compras

 

De acordo com um estudo da Google, ​​70% dos clientes compram uma marca depois de a verem no YouTube. O facto de assistirem a vídeos com os comentários e detalhes disponibilizados por terceiros, por exemplo, sobre comida, um televisor ou roupa, podem ajudar o shopper a sentir-se confortável e preparado para comprar algo novo. Por isso mesmo e para simplificar este processo para os utilizadores, estamos a testar a versão beta de uma experiência de compra perfeita que permite que os espectadores aproveitem a experiência de criadores de confiança do YouTube para fazerem compras com facilidade. Após testes bem-sucedidos com vídeos on demand, estamos a testar as compras em directo com um conjunto de criadores e de marcas. Em breve, será realizado um lançamento mais alargado.

Contudo, os vídeos não são, obviamente, a única maneira como as pessoas estão a olhar as montras virtuais. Utilizando tecnologias avançadas de segmentação de imagens e reconhecimento de objectos, o Google Lens pode, agora, ajudar o consumidor a identificar elementos que podem ser pesquisados e adquiridos através de ​ imagens e páginas da web usando o Google Fotos e o Chrome. Basta, por exemplo, tocar no ícone do Lens, posicionar a caixa à volta de uma peça de roupa, produto ou padrão de papel de parede e o consumidor tem acesso a uma lista de resultados de pesquisa relacionados. Tudo alimentado pelo ecossistema crescente de pequenos, médios e grandes retalhistas do Google Shopping.

  • Da inspiração à compra, os compradores querem, agora, completar online todo o processo de compras 

 

A plataforma da Google liga clientes e retalhistas sem conta, mas as empresas precisam ainda de algo mais para ganharem a compra definitiva. Informações mais detalhadas e oportunas são essenciais, incluindo classificações, negócios actuais, descontos para membros do programa de fidelização e disponibilidade – da expedição à recolha. Porém, as informações podem não ser suficientes em certas categorias: os compradores querem ver como lhes fica aquela peça de roupa antes da sua compra. Por isso, as lojas precisam de tecnologias de experimentação virtual. A informação não é suficiente e deve ser organizada de uma forma que seja fácil de localizar e de ler.

A digitalização assumiu muitas formas no último ano. Muitos retalhistas no mundo começaram a converter catálogos inteiros de roupa e mobiliário em objectos 3D para o consumidor poder explorá-los a partir do seu smartphone ou através das câmaras de um computador. O seu quarto pode hoje tornar-se no seu provador virtual e um novo sofá pode ser colocado virtualmente na sua sala de estar.

  • Apesar dos desafios tecnológicos, os clientes esperam que a experiência desde a navegação até à conclusão da compra seja perfeita.

 

Não é nenhuma surpresa que os clientes apreciem experiências sem fricções – aquelas que ocorrem sem problemas desde o momento da intenção expressa até o pagamento e entrega. Alguns retalhistas oferecem serviços de ponta a ponta personalizados, mas garantir uma integração semelhante no online é um desafio, principalmente quando os clientes começam as suas jornadas de compra fora de lojas baseadas na web ou em aplicações.

O atrito faz com que os utilizadores desistam. 75% dos utilizadores de smartphones dizem que são mais propensos a comprar a partir de aplicações móveis que completam as transacções rapidamente. Acelerar as transacções no retalho pode ser tão simples quanto o facto de permitir pagamentos contactless, preenchimento automático dos detalhes de entrega e aplicação de ofertas ou descontos de fidelização sem ter de o fazer manualmente. Por exemplo, o Google Pay facilita este processo para que os utilizadores possam apenas usar a aplicação para tocar e pagar, mas também para manter as informações de pagamento sempre à mão para as compras online. Os utilizadores mais jovens também esperam os serviços “Compre Agora, Pague Depois” para permitir uma aprovação rápida para compras maiores. A eliminação ou ajustes em alguns destes pontos de fricção irão aumentar significativamente a lealdade a uma determinada marca e alargar as respectivas compras.

  • As oportunidades de preço estão a tornar-se mais importantes para os clientes e as compras para a habitual temporada de compras que se aproxima já começaram em vários mercados 

 

As épocas de compras costumavam impulsionar a procura e a Black Friday foi um momento crucial no retalho – o dia em que as grandes lojas pressionavam os clientes a fazerem fila para descontos estrondosos. Agora, as filas presenciais foram substituídas por filas virtuais e os clientes procuram ofertas todos os dias; as pesquisas pelos produtos “mais acessíveis” aumentaram 60% globalmente, ano após ano. Já a funcionalidade “explorar” do Google Pay permite que os consumidores activem rapidamente campanhas de cashback e descontos em dezenas de retalhistas populares, proporcionando as poupanças que os compradores procuram.

A temporada de compras já está em curso em Portugal. ​​Do lado do consumidor e, olhando para a temporada de compras de 2020 no país, verificou-se que a procura começou a crescer em outubro e, em algumas categorias, manteve-se alta até ao primeiro trimestre de 2021. Com 44% dos consumidores interessados em comprar nesta temporada, segundo estudo da Google, os retalhistas também se preparam para melhor lidar com as novas dinâmicas dos consumidores.

A temporada de compras de 2021 ficará, assim, gravada nos livros de história, memorável pelos desafios que todos nós enfrentamos bem como pelo progresso incrível que fizemos juntos na digitalização no sector do retalho. Estou expectante para ver como os utilizadores irão utilizar as ferramentas de compras mais recentes para trazer alegria para as suas famílias e amigos este ano e nos próximos anos.

Boas Compras!

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