5 agências internacionais revelam quanto custa uma campanha com influenciadores

O marketing digital e o marketing de influência tornaram-se ferramentas cruciais para as marcas e as apostas nesta área podem ditar o sucesso ou a ruína da respectiva imagem. Mas quanto custa, afinal, fazer uma campanha deste tipo? Cinco agências internacionais revelam os valores.

Numa investigação levada a cabo pela publicação britânica The Drum, as agências The Goat, Digital Voices, Komodo, Disrupt e Tailify partilham quais são os valores mínimos que uma campanha de marketing de influência requer, ou seja, o montante que é necessário para sequer pensar em investir neste canal.

Na londrina The Goat, focada essencialmente em marketing desportivo, o valor mensal ronda as 40 mil libras esterlinas (46,6 mil euros). Já na Komodo, que conta com escritórios no Reino Unido, nos EUA e na Austrália, o mínimo fica nas 30 mil libras (35 mil euros).

Se para algumas agências o valor mínimo a gastar numa campanha é algo crucial, quando se fala em valores máximos os parâmetros já não são os mesmos. O investimento das marcas pode chegar aos milhões de dólares por ano, como corroboram os co-fundadores destas duas agências à The Drum.

Já para a Digital Voices, sediada em Londres, o mínimo a gastar são 30 mil libras. A fundadora Jenny Quigley-Jones refere que este sector tem «crescido rapidamente» nos últimos dois anos, com «milhões de pessoas a começarem as suas carreiras durante os períodos de confinamento». Segundo a responsável, «isto significa que as marcas estão a investir mais ao aliarem-se a microcriadores, de forma a obterem resultados a longo prazo, em vez de criarem parcerias com grandes nomes».

Por seu turno, Stevie Johnson, managing director da Disrupt, indica que investimento mínimo está entre as 15 e as 20 mil libras (entre os 17 e os 23 mil euros), justificando o valor ao dizer que abaixo disso é difícil ver resultados. Isto embora esta quantia só pague uma campanha durante cerca de oito semanas.

No lado inverso, a Tailify estabelece o gasto mínimo nas 50 mil libras (58 mil euros) mensais, frisando que o investimento se deve adequar às necessidades de cada cliente. «Alguns querem uma coisa de uma semana e outros preferem que dure mais tempo. Adequa-se àquilo que cada marca precisa», indica Esme Rice, directora de Marketing da agência.

A provar o rápido crescimento do sector do marketing digital, em grande parte impulsionado pelas novas formas de influência digital, Harry Hugo, da The Goat, salienta que a empresa, com quase sete anos de existência, passou de pedir um orçamento mensal de cinco mil libras (cerca de seis mil euros) a pedir milhões. «Isto não se deve apenas à evolução do nosso negócio. É justificado pelo rápido aumento do mercado. Investir no marketing digital é agora um requisito para lançar um novo produto.»

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