37,2% dos portugueses vai optar por prendas mais baratas no Natal
Com o Natal à porta, os portugueses ponderam mudar os seus hábitos de consumo em relação a 2021. O aumento das taxas de juros e a inflação apresentam-se como os principais responsáveis. As estratégias dos consumidores passam pela redução no custo ou na quantidade de presentes e, ainda, pela compra em momentos de promoção. As motivações ambientais também poderão levar os portugueses a optarem por presentes mais sustentáveis.
As conclusões são de um estudo do Centro de Investigação em Ciências Empresariais e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa em parceria com o ISAG – European Business School, que demonstra que 37,2% dos inquiridos vai optar por prendas mais baratas, 24,5% pela compra de um menor número de presentes e 13,8% pela opção de compra de produtos em promoção. Contudo, são poucos os que não pretendem comprar presentes (2,9%) ou que vão optar por escolher produtos de marca própria (2,7%).
Os dados revelam também que os inquiridos prevêem adquirir, em média, 10,33 presentes e gastar, em termos médios, 239,06 euros nestes artigos. Essencialmente motivados por razões ambientais (53,8%), mas também por razões económicas (21,4%), 87,9% da amostra declara a sua predisposição para, no contexto de compras de Natal, adquirir produtos que contenham materiais reciclados, já 79,4% revela a possibilidade de comprar produtos reciclados ou reutilizados.
Dos inquiridos que já ouviram falar sobre Economia Circular, 83,9% afirma que esta contribui positivamente para a sociedade, e 82,2% declara que aumenta a consciencialização da sociedade para a questão da sustentabilidade, além de ter um papel preponderante para a educação ambiental dos mais jovens (81,6%) e contribuir para a melhoria da saúde pública (80,6%).
«É uma conclusão pertinente observar que, apesar de existir uma maioria significativa de inquiridos que afirma não conhecer o conceito de Economia Circular, grande parte das pessoas acaba por demonstrar predisposição para colocar em prática algum dos seus pressupostos, ao assumir abertura para adquirir produtos reciclados, compostos por componentes reciclados ou mesmo em segunda mão. Embora com um impacto muito directo da conjuntura económica e financeira do País, com influência directa no aumento do custo de vida generalizado, os portugueses aparentam estar mais abertos a contribuir positivamente para um estilo de vida mais sustentável», afirmam, em comunicado, Elvira Vieira e Ana Pinto Borges, as coordenadoras científicas do CICET-FCVC e professoras do ISAG-EBS.