2022: O ano de causas?

M.ª João Vieira Pinto
Directora de Redacção Marketeer

A “obrigatoriedade” de equilíbrio em termos de raça, sexo ou orientação sexual passou a marcar presença mais relevante no exercício da publicidade e comunicação. Por isso, esse foi tópico que analisámos na edição de Fevereiro da Marketeer.

No último mês do ano, e em jeito de retrospectiva, percebemos que os temas de 2022 foram particularmente de causas. Claro que houve consumo, novas marcas, comunicação de produtos e guerras de preços. Mas a maioria das capas que a The Hotel tão brilhantemente criou e assinou retrataram movimentos colectivos, que são de todos. Fomos olhar para as marcas da guerra no tecido empresarial português, mas também quisemos saber se há (ou não) mais marcas “a sair do armário” e a tratar a homossexualidade como não-tema. Analisámos o impacto da idade nas compras e criação de ofertas para aquela que é a geração silver, das mais relevantes em termos de poder de aquisição. E seguimos: num País envelhecido, investigámos as estratégias de algumas marcas para promover a natalidade e, já quase no final, olhámos para um dos mercados que mais tem vindo a crescer – o de segunda mão – e que nos traz lições de gigante sobre a real economia circular.

Mesmo em jeito de fecho, ficámos a saber o que afinal já sabíamos, que há novos P’s no Marketing e que um deles é o do Propósito. O tal jargão que chegou há uns anos mas que, a olhar para o trabalho que mais nos orientou nos últimos meses, pelos vistos terá mesmo ganho lugar à mesa de grande número de direcções de Marketing. Que assim continue.

Editorial publicado na revista Marketeer n.º 317 de Dezembro de 2022

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